sábado, 29 de dezembro de 2007

uma camiseta laranja

Uma vez pintei numa camiseta, na frente, esta figurinha do neurônio, as setas e tudo mais, porém com cores de uma flor tradicional.

Nas costas, pintei estes dizeres:

Vetores, condução, confusão
As setas indicam a direção
Da ‘trípeta’ da ‘trífuga’
ATENÇÃO!
A sinapse é contínua
E se não houve encaixe
Fique frio no divã
Apenas:

Neuraram neurônios

sábado, 22 de dezembro de 2007

Eu Acredito em Anjos

As asas não podem faltar
Cabelos crespos, lisos,
anelados, escovados,
com dreads,
ou sem cabelos.
Anjos vermelhos, amarelos, negros e brancos.
Anjos vindos das misturas,
Vestem túnicas corpos multicores.


Foi bom de ter com vocês neste ano de 2007, figuras contatos amizades encontros virtuais reais amigas companheiros camaradas das famílias sangue rua espaço fios...
Final de 2007 feriados preparos festas comes bebes liberdade beibs saúde esperança
amor r e volução...
2008 desejo boas entradas ahahahahahahahahahahah nascimento mudanças re novar re criar a esperança coragem sem medos dos inimigos existência concreta dos amigos companheiras camaradas livres vindos indos ondas fios energias ar descargas breu luz...



O SOM!!!!!!!!!!!!!!!

Mercedes Sosa.
Hasta.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

uma pintura um artigo


CEIA DE NATAL

Frei Betto

A Missa do Galo encerrou-se aos primeiros minutos de 25 de dezembro. Padre Afonso deixara-se contaminar pela aflição dos fiéis, ansiosos por retornarem às suas casas e desfrutarem a ceia antes de as crianças murcharem de sono. Abreviou a homilia, pulou orações, desejou a todos feliz Natal e deu-lhes a bênção final. Uma dezena de paroquianos ombreou-se na sacristia para manifestar-lhe votos de boas festas. Presentes sobrepunham-se a um canto: camisas, meias, livros, essas coisas adequadas a um homem de Deus.
Dependurados os paramentos, padre Afonso viu-se sozinho. Miseravelmente só, em plena noite de Natal. O celibato é um dom e ele sabia tê-lo merecido. Ao longo de vinte anos de sacerdócio acometeram-lhe muitas tentações. Não era o fascínio das mulheres que o levava a duvidar de sua consagração. Admirava-as, sentia-se gratificado por achá-las belas e atraentes. Sinal de que havia nele um macho, o que no íntimo o envaidecia. Perturbava-o a consciência do pai que nunca fora. Muitas vezes sentia saudades dos filhos que não tinha.
Atormentava-o ver-se sozinho à mesa de refeições. Comer é comunhão, partilha, entremear ao cardápio o diálogo ameno e alegre. O alimento lhe caía insosso e, com freqüência, se surpreendia sonhando de olhos abertos, a mesa cercada por sua família imaginária.
Naquela noite a solidão lhe bateu forte, com uma ponta de amargura advinda de uma expectativa frustrada. Sentia-a na boca da alma. Nenhum dos paroquianos tivera a generosidade de convidá-lo à ceia.
Padre Afonso revirou os embrulhos de cores brilhantes e encontrou o que bastava: um panetone e uma garrafa de vinho. Enfiou-os na pasta usada para levar sacramentos aos enfermos e dirigiu-se à zona boêmia.
Shirley trazia os olhos inchados, o peito sufocado, o coração miúdo. Desde o fim da tarde chorara copiosamente ao recordar os natais de sua infância no norte de Minas. Lembrou da família que a repudiara, do marido que a abandonara, do filho que dela se envergonhava. Sentiu ódio da vida, da desfortuna a que fora condenada. Confusa, teve vontade e medo de sentir ódio também de Deus.
Pudesse, não trabalharia naquela noite. Todavia, não lhe restava alternativa. O acúmulo de dívidas a obrigava a ir à rua e aguardar o dinheiro ambulante que chegava escondido atrás da fantasiosa excitação de sua fortuita freguesia.
Mirou o homem de pasta na mão, camisa sem gola, sapatos escuros. Talvez viesse do trabalho. Enquadrou-o na tipologia adquirida em tantos anos de calçada: tinha o jeito ingênuo dos que buscam apenas aliviar-se e, na hora da cobrança, preferem ser generosos no pagamento a enfrentar uma prostituta irada disposta ao escândalo.
Trocaram olhares e ela se esforçou para estampar um sorriso sedutor. Ele parou e indagou; ela apontou o hotel na esquina. Caminharam lado a lado em silêncio, ela sobrepondo seu profissionalismo aos sentimentos esgarçados, ele apreensivo frente ao receio de ser flagrado ali por algum conhecido. Subiram as escadas opacamente iluminadas, em cujos degraus as baratas se desviavam ariscas.
Ao abrir o primeiro botão da roupa, ela ameaçou dizer qualquer coisa, mas ele se adiantou. Explicou que não estava ali em busca de sexo, e sim de companhia. Haveria, contudo, de pagar-lhe o devido. Contou-lhe de seu sacerdócio e de sua solidão, e indagou se ela se dispunha a orar com ele e compartir a ceia.
Shirley sentou na cama, enfiou o rosto entre as mãos e desabou em prantos. Agora era um choro de alívio, de gratidão por algo que ela não sabia definir, quase de alegria. Logo, falou de seus natais na roça, o presépio em tamanho natural que o pai armava no quintal do casebre, o peru engordado durante meses para a ocasião, o bendito puxado por uma vizinha na falta de igreja e padre naquelas lonjuras.
Padre Afonso propôs fazerem uma oração. Ela se ajoelhou e ele tomou-a pela mão e fez com que se sentasse de novo. Ele ocupou a única cadeira do quarto. Abriu o Evangelho de Lucas e leu, pausadamente, o relato do nascimento de Jesus. Em seguida, perguntou se ela gostaria de receber a eucaristia. Shirley pareceu levar um choque. Como ela, uma puta, poderia receber a hóstia sem sequer ter se confessado? O sacerdote leu o texto de Mateus (21,28): “As prostitutas vos precederão no Reino de Deus”. E acrescentou que eram ele e essa sociedade cínica, injusta, desigual que deveriam se confessar a ela e pedir perdão por a terem obrigado a uma vida tão degradante.
Após a comunhão, padre Afonso tirou dois copos da pasta, encheu-os de vinho e partiu o panetone. Os dois ainda conversavam sobre suas vidas enquanto clareava o dia.

=> A pintura foi trazida do blogoleone, postagem de 29 de Novembro de 2007, aqui.
=> O artigo do Frei Betto está na revista Caros Amigos, editora Casa Amarela, ano XI, número 129, dez/07, linque aí do ladinho.
Grácias Vinícius Souto.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

eu não resisto, deliro.

Pra quem não leu, e tiver interesse, a entrevista do Paulo Henrique com o Oscar Niemayer, publicada no Vermelho, http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=29912 .


Uma pergunta e uma resposta.

Paulo Henrique AmorimO senhor não gosta do Bush?

Oscar NiemayerEu acho que ele é um merda, sabe.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

A história de Flávia

O canto recebeu um visitante novo, David Santos, e ele me fez um pedido de participar da blogagem coletiva, hoje 17/12/2007, através do blog http://flaviavivendoemcoma.blogspot.com/ . Este texto que aqui vai foi trazido do http://sverdades.blogspot.com/ .


Sexta-feira, Novembro 30, 2007

RALOS DE PISCINAS - EXIJA FISCALIZAÇÃO!

Texto escrito pela mãe de Flavia. Uma mãe que há quase 10 anos sofre, não só com o sofrer da sua própria filha, Flavia, mas, sobretudo, com a lentidão da "justiça" no Brasil.
Copie o selo acima e participe da blogagem coletiva programada para o dia 17.12.2007.Este blog existe, porque minha filha Flavia, que em poucos dias completará 20 anos de idade, está em coma vigil há quase 10 anos desde que um acidente com RALO DE PISCINA lhe interrompeu a infância saudável. Este blog existe porque o acidente acontecido com Flavia já havia acontecido com outras crianças e continuou a acontecer, no Brasil, em Portugal, nos Estados Unidos, Na França, na Rússia...E este blog existe porque apesar da ação devastadora dos acidentes causados por ralos de piscina, locais e empresas responsáveis pela venda, instalação e manutenção desses ralos que compõem os sistemas de sucção de piscinas, continuam indiferentes à sorte das vítimas, continuam na impunidade, mesmo muitos anos depois da ocorrência das tragédias.É preciso urgência na fiscalização da venda, instalação e manutenção dos sistemas de sucção de piscinas. É preciso punição exemplar para quem cometeu ou venha a cometer negligências com a segurança dos sistemas de sucção de piscinas. É preciso cobrar agilidade da justiça na proteção das vítimas.Como eu disse no post anterior, sozinhos fica difícil, mas juntos, somos poderosos. Por isso, peço a adesão de vocês na blogagem coletiva que estará acontecendo no próximo dia 17 de Dezembro, para aumentar a visibilidade da história de Flavia que é apenas um exemplo, não só no Brasil mas no mundo, da negligência, da impunidade e do desrespeito aos direitos humanos de todos nós.
EM TEMPO: A empresa fabricante do ralo de piscina que causou o acidente que deixou Flavia em coma irreversível e que até hoje não foi condenada pela justiça brasileira a indenizar Flavia, conforme venho mencionando em posts anteriores, é a
JACUZZI DO BRASIL
FLAVIA,VIVENDO EM COMA
Muito obrigada.
Odele Souza
=> Desejo à Flavia, ao David, Odele, e pra todas e todos vocês moças e rapazes, senhoras e senhores, comentadores ou não que passeiam pelos (re) cantos, muitas e boas nos feriados de final de ano, os olhos atendidos e tudo o mais, porque:
2008 tá chegando!
E os desejos continuam sendo desejados.
Saudações em todas as línguas e gestos.

sábado, 15 de dezembro de 2007

*

Amor

Numa máscara copiada fiz blocos
Somente as carteiras e o quadro foram testemunhas da pressa,
da ansiedade momentânea de presentear
A face foi fácil
Empilhar os tijolos, também.
Trabalhoso foi o preparo da massa que os uniu.




***************

Eternos Desejos

Quis que você lesse belas palavras
Tentei buscar noutra realidade: imagens
Buscar um sol em vários dias de chuva
que secasse nossas roupas.
Houve uma distorção:
enquanto a terra é molhada
a calça seca sob o telhado
na encosta do caibro.

********************




O som!

Mundo Dos Negócios
Composição: Zeca Baleiro



baby

vem viver comigo

no mundo dos negócios

traz o teu negócio

junto ao meu negócio

vamos viver do comércio barato

de poemas de amor

Inté.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

*

Não tema
No princípio era o verbo
O princípio era o verbo
O ser é, ele não é ter
Se tem, deixa de ser o que é,
passa a ser o que não tem
Quem quer ter sempre
não é nunca o que quer ser
É um simples ser que acha que
o quê tem é alguma coisa
TER SER TEZA do que não é
SER TER ZA dum sonho esquecido


Continuo nos poemas, escritos, poesias do tal concurso.
Os outros mostrados, é só clicar nos asteriscos.

* - * - * - * - * - *

E o som, mais Zeca Baleiro!

Mundo Cão
Composição: Zeca Baleiro e Sérgio Natureza

Neste grande imenso pet shop
A cultura é um sabão
Artigo de fim de estoque
Aproveite a ocasião
Mundo mundo mundo cão
Mundo mundo cão

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

CPMF


Esta charge recebi do amigo Lucas Beleza. Ela está no http://www.chargeonline.com.br/ .
Caberia um texto com muitas palavras sobre corrupção, ganância, egoísmo, falta de amor, a besta fera fome do poder, do ter, .... dividir? mas nem pensar, quanto mais, mais, mais, mais, ... e foda-se a saúde, educação, moradia, cultura, ... dos miseráveis.
Estou enjoada, enojada, e não me venham falar isto e aquilo de tudo que se deve fazer e sentir no natal.
Uma porcaria!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Ira! e Zine

E de cara: O SOOOOMMMMM!
Hoje vamos bater de dvd, pirata da melhor qualidade, do chegado da banquinha, e com garantia, senão não tem os clientes.
Cheia de empolgação: IRA!!!!
Não é de hoje prefiro o Ira!
Anos 80, o ouvido colado na Terra FM,
Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasiuiuiuiuiuiu!
As novas e as antigas:
núcleo base; dias de luta; rubro zorro; flerte fatal; poço de sensibilidade; vivendo e não aprendendo; envelheço na cidade; ...
E mais aquelas que eles não cantaram:
pobre paulista; gritos na multidão; tolices; longe de tudo; ...
O carequinha arrasa, quebra tudo nas letras e no violão.
Curto, mas é um monte.

Acústico MTV - Ira!
Lançamento2004

Frota Pirata
DE ONDE SAIU ESSA TAL DE FANZINE?

A fanzine surgiu nos idos da década de 30, no megalômano EUA, fugindo do formato usado pela chamada imprensa tradicional. É uma revista de fã, feita por fã, e para fã.
A palavra fanzine é uma junção abreviada das palavras fan (fã) e magazine (em inglês, revista).
No início, as fanzines eram publicações de ficção científica, que começaram a ter grande adesão no movimento Dadaísta, explodiram na década de 60, com o movimento Underground, e se consolidaram na década de 70, com o movimento Punk.
A primeira fanzine punk se chamava “Sniffing Glue” (cheirando cola) e foi publicada na Inglaterra, em 1.976, pelo ex-bancário Mark P., que escreveu uma crítica sobre a banda americana Ramones. Essa fanzine possuía 08 páginas e 200 cópias feitas em xerox, mas, com o crescimento da zine, as cópias foram aumentando, e a edição de número 04 teve uma tiragem de 800 cópias, e a de número 10, de 8.000 cópias, mas já impressas em xerox off-set, com distribuição para além dos territórios ingleses.
No Brasil, a primeira fanzine de que se tem notícia é a “Factor Zero”, publicada em 1.981. Nos anos seguintes, as zines foram se multiplicando e aparecendo das maneiras mais diferentes possíveis, cumprindo o importante papel de divulgação das informações do movimento, preservando a cultura punk, colocando todos os seus anseios e desejos mais profundos e contundentes, e, principalmente tornando este veículo de informação acessível não só aos punks, mas a todos os interessados.
As zines são veículos de comunicação que socializam informações, formando e informando o leitor, dando mais adesão aos movimentos (culturais, populares), pois estabelecem pontos de referência (assuntos) comuns, e colocando em contato direto pessoas de regiões e países diferentes através de listas de endereços de bandas e de outras fanzines interessadas em discutir e divulgar idéias.
Em sua maioria, as zines não são veiculadoras de propaganda comercial. Suas apresentações gráficas (xerox off-set, em geral) e seus conteúdos, com linguagem espontânea, rebelde e “agressiva”, não atraem investidores e, logo, não permitem esse tipo de manifestação que acabaria com sua opção de ser independente, autônoma e alternativa.
Na fanzine, o autor experimenta colagens, computador, desenhos, pirataria, etc, em busca de uma linguagem própria.
Atualmente, a fanzine envolve segmentos ou gêneros bastante distintos, podendo ir de zines GLS até zines culturais – como é o nosso caso – e cada vez mais a zine vem ganhando força política. Mesmo que só queira falar de skates ou divulgar e comentar novas bandas, é um forte veículo de afirmação de propósitos, e o caminho mais rápido entre a idealização e a obra.
Esperamos que a imprensa mundial continue sempre sendo inundada pela imprensa alternativa, e que as palavras do já citado aqui Mark P., ecoem forte por muito tempo; e também que importantes reflexões como a do alternativo Glauco Mattoso (grande poeta, escritor, humorista e mais um monte de coisas legais) sirvam sempre como importantes pontos de questionamento sobre as zines, nos ajudando a sempre melhorar este veículo de divulgação de idéias, que tanto amamos e queremos que sempre esteja fortalecido.
Viva a imprensa alternativa, até mais ver, beijos!

Meola & Bizarro

PS: “Todos vocês, garotos, não se satisfaçam com o que nós escrevemos”. Saiam e comecem suas próprias zines, ou mandem suas críticas para a imprensa do sistema. Vamos pegá-los pelos nervos e inundar o mercado com a escrita Punk!” – Mark P.

...“A fanzine desafia as regras da imprensa convencional. Primeiro, o editor não é parcial – é parcialíssimo. A fanzine nunca é comercial, normalmente dá prejuízo, e não existe compromisso com venda em banca ou com a periodicidade. Por último, a fanzine é, na maioria das vezes, uma publicação do Autor; ou seja, uma pessoa sozinha faz a zine inteira – às vezes, abre espaço para colaborações, mas não é comum a pluralidade de opiniões.” – Glauco Mattoso.

A capa desta edição está no recanto.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Desabafo



Quero falar do meu cansaço.
– Por que se é ainda nova?
Não aguento mais.
– Você ainda nem começou!
Sim, eu sei, e sei que não quero o difícil e o complicado do real, procuro o mistério.
O MISTÉRIO DA VIDA!
Ele não está somente na morte, mas na própria existência.
Por que obrigo as ondas vibrarem agressivas e maldosas?
Cansei de medir palavras sobre coisas que nem conheço direito!
Quero berrar:
Porcaria de governos que são financiados pelo poder da força armada e monetária!
Porcaria de governos que não tem no povo sua maior força!
À merda com a dominação do governo estadunidense!
Morte aos dogmas das doutrinas religiosas ou quaisquer outros!
Vomito o imperialismo na cara de todos vocês com endereço certo, e sujo meu vestido copiado da moda londrina.
Choro pelos homens e pelas mulheres deformados em sua infância e que de alguma forma conseguiram e tentam romper com a sequência, mas não choro pelos racionais que se tornaram deformadores de muitas.
Sejam conformados, pequem bastante.
A morte virá de qualquer jeito, basta arrependerem-se e serão salvos.
Por que falaria de coisas boas, como paz, solidariedade, sonhos, amizade, comunitário e sociabilidade?
Isso é coisa do passado, mas dá ibope, há quem goste!
Então podemos usá-las à vontade.
Sim, nós podemos.
E eu posso, sou hipócrita, sou humana.
- Pobre e podre mulher!
Quer ser odiada, mas prefere amar até o dilaceramento!
Eu sou assassina e neste caso talvez não sejamos cúmplices, e são muitos os assassinos e assassinas soltos que nem eu.
A tecnologia foi criada ou descoberta, não importa, ela é usada para destruir e matar.
Culpada, é como me sinto, inferior, não quero comparar-me com outros animais, pois eles nunca se sentirão assim fragilizados diante da condição efêmera da existência, finita para uns, infinita para outros.
Havendo ou não pactos pré-existenciais, passamos uma quantidade de tempo neste lugar com nomes, seres e coisas que se tornam perigosamente controlados por nós, seres humanos.
São nossas regras, nossas leis, nossas racionalidades, nossas vidas ilusórias, nossas doideiras coletivas, mas ainda assim, mesmo sem ver, sabemos que todo dia nascem flores.
Gostaria de não querer me meter mais nas confusões humanas.
“Mas não posso me cansar porque não tenho esse direito!”
(frase de um RAP do grupo Face da Morte).


(escrito em 1999 que sofreu uma edição 19-04-13)

A tormenta que se tornou

A vontade é ir preenchendo as tantas linhas vazias com toda manifestação das emoções que se dão, afloram e transpiram, ocupando de rab...