Hoje vamos bater de dvd, pirata da melhor qualidade, do chegado da banquinha, e com garantia, senão não tem os clientes.
Cheia de empolgação: IRA!!!!
Não é de hoje prefiro o Ira!
Anos 80, o ouvido colado na Terra FM,
Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasiuiuiuiuiuiu!
As novas e as antigas:
núcleo base; dias de luta; rubro zorro; flerte fatal; poço de sensibilidade; vivendo e não aprendendo; envelheço na cidade; ...
E mais aquelas que eles não cantaram:
pobre paulista; gritos na multidão; tolices; longe de tudo; ...
O carequinha arrasa, quebra tudo nas letras e no violão.
Curto, mas é um monte.
Acústico MTV - Ira!
Lançamento2004
Frota Pirata
DE ONDE SAIU ESSA TAL DE FANZINE?
A fanzine surgiu nos idos da década de 30, no megalômano EUA, fugindo do formato usado pela chamada imprensa tradicional. É uma revista de fã, feita por fã, e para fã.
A palavra fanzine é uma junção abreviada das palavras fan (fã) e magazine (em inglês, revista).
No início, as fanzines eram publicações de ficção científica, que começaram a ter grande adesão no movimento Dadaísta, explodiram na década de 60, com o movimento Underground, e se consolidaram na década de 70, com o movimento Punk.
A primeira fanzine punk se chamava “Sniffing Glue” (cheirando cola) e foi publicada na Inglaterra, em 1.976, pelo ex-bancário Mark P., que escreveu uma crítica sobre a banda americana Ramones. Essa fanzine possuía 08 páginas e 200 cópias feitas em xerox, mas, com o crescimento da zine, as cópias foram aumentando, e a edição de número 04 teve uma tiragem de 800 cópias, e a de número 10, de 8.000 cópias, mas já impressas em xerox off-set, com distribuição para além dos territórios ingleses.
No Brasil, a primeira fanzine de que se tem notícia é a “Factor Zero”, publicada em 1.981. Nos anos seguintes, as zines foram se multiplicando e aparecendo das maneiras mais diferentes possíveis, cumprindo o importante papel de divulgação das informações do movimento, preservando a cultura punk, colocando todos os seus anseios e desejos mais profundos e contundentes, e, principalmente tornando este veículo de informação acessível não só aos punks, mas a todos os interessados.
As zines são veículos de comunicação que socializam informações, formando e informando o leitor, dando mais adesão aos movimentos (culturais, populares), pois estabelecem pontos de referência (assuntos) comuns, e colocando em contato direto pessoas de regiões e países diferentes através de listas de endereços de bandas e de outras fanzines interessadas em discutir e divulgar idéias.
Em sua maioria, as zines não são veiculadoras de propaganda comercial. Suas apresentações gráficas (xerox off-set, em geral) e seus conteúdos, com linguagem espontânea, rebelde e “agressiva”, não atraem investidores e, logo, não permitem esse tipo de manifestação que acabaria com sua opção de ser independente, autônoma e alternativa.
Na fanzine, o autor experimenta colagens, computador, desenhos, pirataria, etc, em busca de uma linguagem própria.
Atualmente, a fanzine envolve segmentos ou gêneros bastante distintos, podendo ir de zines GLS até zines culturais – como é o nosso caso – e cada vez mais a zine vem ganhando força política. Mesmo que só queira falar de skates ou divulgar e comentar novas bandas, é um forte veículo de afirmação de propósitos, e o caminho mais rápido entre a idealização e a obra.
Esperamos que a imprensa mundial continue sempre sendo inundada pela imprensa alternativa, e que as palavras do já citado aqui Mark P., ecoem forte por muito tempo; e também que importantes reflexões como a do alternativo Glauco Mattoso (grande poeta, escritor, humorista e mais um monte de coisas legais) sirvam sempre como importantes pontos de questionamento sobre as zines, nos ajudando a sempre melhorar este veículo de divulgação de idéias, que tanto amamos e queremos que sempre esteja fortalecido.
Viva a imprensa alternativa, até mais ver, beijos!
Meola & Bizarro
PS: “Todos vocês, garotos, não se satisfaçam com o que nós escrevemos”. Saiam e comecem suas próprias zines, ou mandem suas críticas para a imprensa do sistema. Vamos pegá-los pelos nervos e inundar o mercado com a escrita Punk!” – Mark P.
...“A fanzine desafia as regras da imprensa convencional. Primeiro, o editor não é parcial – é parcialíssimo. A fanzine nunca é comercial, normalmente dá prejuízo, e não existe compromisso com venda em banca ou com a periodicidade. Por último, a fanzine é, na maioria das vezes, uma publicação do Autor; ou seja, uma pessoa sozinha faz a zine inteira – às vezes, abre espaço para colaborações, mas não é comum a pluralidade de opiniões.” – Glauco Mattoso.
A capa desta edição está no recanto.
2 comentários:
Massa esse texto informativo. Valeu!
Beijim.
Falaste da rádio Terra no início da sua postagem. Que saudade me bateu... Cadê as rádios de rock de BH?
Sobre fanzines: achei o texto reproduzido aqui muito bom e fico imaginando como deve ter sido bacana o tempo em que ralavam juntos pra produzir a zine de vocês, as reuniões no Maleta... E acho que a Web tem tudo pra abrigar (e bem) os fanzineiros que não têm condições de imprimir o que escrevem. Um abraço.
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