Por dentro, uma angústia, uma tristeza, um sentimento de um ser nada, útil pra encher o saco de vazios estranhos. Trago pra cá estas malditas(*) palavras, que um dia ousei transferir para o papel.
. Achei mais este, do que chamei, assim eu escrevia, enfiado no meio de páginas.
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Nos versos, de papéis, quando vier a inspiração, farei desenhos ou deixá-los-ei como estão, limpos. Viajando nas profundezas atuais e considerando-me inculta: Dos altos montes verdes caio nas misérias famintas, sedentas mentes impotentes. Lá, o sol está longe de ser adorado. Lá, ele não passa de estrela de quinta grandeza. (1997)
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1º A + J + U + N + T + E
D + E
L + E + T + R + A + S
P E S S O A L
Não sou nada nem ninguém
E nada mais me resta
A não ser mudar minha aerodinâmica
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Trecho de uma postagem antigaQuando, na época da Santê, numa conversa com os meninos punks, o Gauba vira e fala que a solução para a sobrevivência do planeta seria a extinção do ser humano, aí minha cabeça explodiu. O impacto não é brinquedo não.
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(*) Quando a Rádio Comunitária Santê FM foi violentamente fechada, montávamos de segunda a sexta uma barraquinha, destas de feira, na Praça Sete, centro de Belo Horizonte, para recolher assinaturas contra o fechamento. Montar as ferragens não era muito fácil. Um dia de chuva cheguei à praça, depois do trabalho, e tava lá o pessoal debaixo de uma barraca toda torta e com o toldo despencando e tod@s molhados. Dias depois nos reunimos, muita gente, a Mariana punk pede a fala, e fala de todas as assinaturas que recolhemos todos os dias na maldita barraquinha.
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4 comentários:
teus fragmentos pululam na página prenhes de vida,
beijo
Putz, Assis,
ai moço, cadê o que dizescrever
beijo no coração
Fascinante conhecer os meandros da tua inquietude existencial.
Beijo, Vais.
Sabe, querido Simpático,
tem hora que toda esta inquietude me torna tão estranha a mim
beijo carinhoso prati Jens
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