sábado, 30 de janeiro de 2010
A Ela
Se a invejo?
Não, não poderia
Muito mais a admiro
Sua doçura seu desprendimento sua desenvoltura
Sua força
Se queria ser igual a ela?
Também não, não poderia
Pois, teria que ser ela
Viver sua vida
Passar onde passou
Passar o que passou
Muito mais a admiro
Sua beleza suas experimentações
Seu saber seus conhecimentos
Mulher fêmea
Ternura expressa impressa
Vibrante encantadora
Encanta canta
Leveza harmonia
Estimada querida em gestos palavras
Fonte cheia
Que derrama transborda inunda
De meiguice alumbramentos deslumbramentos
Geradora de afeição apreciação
Assim ela se faz
Assim ela está
Assim ela é
Envolvente irradia luz prazer
Muito mais a admiro
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
A + J + U + N + T + E
D + E
L + E + T + R + A + S
P E S S O A L
... se quiserem conto tudo que não fiz...
Mas faça alguma coisa
Não sou nada nem ninguém
E nada mais me resta
A não ser mudar minha aerodinâmica
OPÇÃO DE ESCOLHA
Dentro da redundância
Gosto de cozinhar
Pinto e bordo
Sei lavar, passar, costurar
Só que, ganhei uma bicicleta
A alma mora no coração das tulipas
Passa a menina – Cora coral com seu colar
A filha pergunta/afirma à mãe:
- O homem é o melhor amigo do cachorro
?????????????????????????????????????
A mãe cala-se.
Se estou perto, vão-se os motivos
A pulsação acelera
Mesmo assim, mantenho-me fria e impassível
nas minhas horas de vigília
Esclareço-te
As horas em que me acalentas são horas
onde pontos brilham
No óleo da meia noite
Que eu caia no mais profundo dos sonos
Chegando aos sonhos
Não precisarei descrever aqueles sentimentos que me consomem
ou aqueles, que por vezes me fazem ver e ouvir um lado
que nem os próprios sabem de onde vêm
e nem porque surgem
Escrever da casa, do dono da casa
A vela queima num quarto
Ela é o universo
Iguais e diferentes, todas têm seus cômodos, suas salas
Os quintais fugiram de casa!
–Passageiros do tempo,
apertam-se nos apartamentos
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Tudo Bem
De resto
foda-se
eu deliro, sim
De resto
interpretei como quis
De resto
aguento a procura
nada tem você com isto
De resto
meu querido e desejado
amoleci a cada olhar
De resto
não te amo nem sou apaixonada
é um disparate
De resto
meu desejo é tão intenso...
então transfiro
De resto
um dia
deixei que doesse
De resto
cuidei, cozinhei, varri, passei pano, ...
gargalhei e brinquei
De resto
sublimei o querer
De resto
murmurei, pensei, repetia, repetia
ecoavam todas em mim...
e elas vinham sentidas repetidas
De resto
e sem confundir
deixei você em paz
(2009)
Um trecho d’
A Planície e o Abismo – Rubem Alves
Eu sinto a sua
Sinto se for pra sentir
Não sinto se for pra não sentir
Mas
Se a falta me vier
Sinto
Enquanto dói
Só rio
Vivo
Pode ter
Debaixo da cama
Só poeira
A noite estrelada
Anuncia a crescente
Não me perco
Tanto na falta
Olho só...
Não sinto só
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
O SOM
Volte Para O Seu Lar
Composição: Arnaldo Antunes
Aqui nessa casa
Ninguém quer a sua boa educação
Nos dias que tem comida
Comemos comida com a mão
E quando a polícia, a doença, a distância, ou alguma discussão
Nos separam de um irmão
Sentimos que nunca acaba
De caber mais dor no coração
Mas não choramos à toa
Não choramos à toa
Aqui nessa tribo
Ninguém quer a sua catequização
Falamos a sua língua,
Mas não entendemos o seu sermão
Nós rimos alto, bebemos e falamos palavrão
Mas não sorrimos à toa
Não sorrimos à toa
Aqui nesse barco
Ninguém quer a sua orientação
Não temos perspectivas
Mas o vento nos dá a direção
A vida que vai à deriva
É a nossa condução
Mas não seguimos à toa
Não seguimos à toa
Volte para o seu lar
Volte para lá
Volte para o seu lar
Volte para lá
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
alguns de 96/97
Faz
beim! beim! beim! beim!
Escrever é tão mais fácil que desenhar!
A abstração, feita palvras, torna-se bastante concreta:
Um fantasma é o lençol com dois buracos?
Observe-as.
A posição das pupilas revela o grande segredo.
Mona Lisa dos mistérios.
Seu olhar, seu sorriso riem dos extremos insensíveis.
A porta bate assustadoramente
Sai quebrando pensamentos, provocando riscos
A interrupção pode provocar paradas súbitas
‘ o cumpade pode batê as bota ali mes’
um lamento enche toda a casa...
três donzelas um cavalheiro
apenas uma será escolhida
dei um tempo
no silêncio
os pregos pendem
projetam sombras
vão-se misturando os temas
a chuva cai, pára, cai
e mesmo assim,
cinco tulipas grudadas ao papel
continuam secas
como terminarei o que escrevo?
A chuva leva-me às luzes do belo horizonte
Final de dezembro está próximo
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
por aqui, por aís
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Desejo
Gostaria às vezes
De não querer tanto
Palavras e riscos
(Viajaria bem mais)
Escrevo do cristianismo, não escrevo de Jesus da cidade de Nazaré.
Quando coloco que é deprimente, meu irmão, minha semelhante, meu igual, na medida do dna, biológico, não é à toa, pois meu delírio é de outra (des) ordem.
O posicionamento da cnbb,seja dos que absorvem a hierarquia da lógica absurda relacional, retrógrada, reacionária, preconceituosa, discriminatória, involutiva do pensamento expresso nas atitudes, ou dos outros, por motivos sabe-se lá quais, é de matar, de suicidar, de enlouquecer doentiamente da pior maneira, a liberdade, por mais que alguns indivíduos, lá dentro, sejam vermelhos.
Sinceramente e na boa, é um bando de gente do contra.
Não são a favor de gente feliz, de gente livre.
Eles influenciam elas e vira um bando de gente machista, sadomasô, violenta, mesquinha, falsa, hipócrita, ... uma porcaria!
É animal, diferente naturalmente dos animais entre si, diferentes.
Animal que pensa e faz.
Raciocina e faz.
Gente que não pensa?
E faz?
Faz e não pensa que faz...
Igual...
A viúva negra mata o macho.
O leão mata o filhote macho.
Os dinossauros carnívoros comiam carne.
Os herbívoros eram bonzinhos?
Eles dominaram a superfície, quando vivos.
Êta referência irracional!
Uma gente filmou um bando de elefantes machos e fêmeas desprezarem e maltratarem um filhote elefantinho.
Nenhum tribunal foi montado.
E a cnbb tem o desplante, a ousadia, a audácia, a sem vergonhisse, a cara lavada, de falar da intolerância no PNDH 3, que 'pretende ignorar nossas raízes históricas' e o embotamento, o arcaísmo de se declarar contra temas libertários reivindicados, presentes na Constituição.
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Da bíblia e da espada.
Da cruz e da espada.
Quebraram a flecha e a lança.
Queimaram o arco e o tacape.
Prenderam o berimbau, o atabaque e o pandeiro.
Exorcizaram deuses e deusas da natureza e dos terreiros.
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Que gente é esta?
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
mimo coletivo
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O Sal da Terra
Composição: Beto Guedes/Ronaldo Bastos
Quero te dizer nenhum segredo
Falo nesse chão, da nossa casa
Vem que tá na hora de arrumar...
Tempo!
Quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir
Vamos precisar de todo mundo
Prá banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver...
A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da...
Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
Canta!
Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã...
Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Prá melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois...
Deixa nascer, o amor
Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da terra
domingo, 10 de janeiro de 2010
Sobre o tempo
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Épocas atuais
Da modernidade temporal
Num tempo,
onde uma das máximas é não perdê-lo,
o tempo,
pois ele,
o tempo,
vale ouro, custa caro, é dinheiro,
e por isto,
vivendo-se em tempos modernos
deve-se agarrá-lo,
o tempo,
para que não se perca,
ele, o tempo.
Achados e perdidos
O departamento da gerência anuncia que, está entupido de tempo.
Por favor, quem perdeu ou quem achou tempos, dirija-se ao andar superior.
O departamento da gerência lembra que, para reaver seu tempo, há uma taxa a ser paga.
Por favor, não se esqueça dos documentos e das notas comprobatórias.
O departamento da gerência agradece.
Tenha um bom dia.
(2008)
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A Caverna - José Saramago
(...) O sogro deu pelo gesto, mas deixou-se ficar calado, este seu genro é um moço simpático, sem dúvida, mas é nervoso, da raça dos desassossegados de nascença, sempre inquieto com a passagem do tempo, mesmo se o tem de sobra, caso em que nunca parece saber o que lhe há-de pôr dentro, dentro do tempo, entenda-se, Como será quando chegar à minha idade, pensou. (...)
(pág.13)
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(...) É bem verdade que nem a juventude sabe o que pode, nem a velhice pode o que sabe. (...)
(pág. 14)
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(...) Cipriano Algor pôs a furgoneta em andamento. Distraíra-se com a demolição dos prédios e agora queria recuperar o tempo perdido, palavras estas insensatas entre as que mais o forem, expressão absurda com a qual supomos enganar a dura realidade de que nenhum tempo perdido é recuperável, como se acreditássemos, ao contrário desta verdade, que o tempo que críamos para sempre perdido teria, afinal, resolvido ficar parado lá atrás, esperando, com a paciência de quem dispõe do tempo todo, que déssemos pela falta dele. (...)
(pág. 19-20)
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imagens: visualizações do uindous média pleier.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
sobre a criação
(...) Quando o nosso criador abriu a porta do forno e viu o que lá se encontrava dentro, caiu de joelhos extasiado. Este homem já não era nem preto, nem branco, nem amarelo, era, sim, vermelho, vermelho como são vermelhos a aurora e o poente, vermelho como a ígnea lava dos vulcões, vermelho como o fogo que o havia feito vermelho, vermelho como o mesmo sangue que já lhe estava correndo nas veias, porque a esta humana figura, por ser a desejada, não foi preciso dar-lhe o pirarote na cabeça, bastou ter-lhe dito, Vem, e ela por seu próprio pé saiu do forno. (...)
(pág. 225)
(pág. 226)
******************************** imagens: net
Através de um companheiro, que ganhou, enviado por outro companheiro, assisti a um vídeo nesta segunda, no mínimo, revoltante.
1- Cruzando o deserto verde
2- Terra de índio
3- Rompendo o silêncio
As informações que seguem vieram daqui:
http://www.piratininga.org.br/videos/meio-ambiente.html
Cruzando o deserto verde
2002, 56 min.
Produzido por iniciativa da Rede Alerta contra o Deserto Verde, o filme mostra as terríveis conseqüências da adoção do cultivo do eucalipto. A equipe de produção viajou por regiões do Espírito Santo e Bahia, entrevistando pessoas de diversos segmentos sociais. A vilã da história é a Aracruz Celulose, maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto. As plantações da empresa atingem os modos de vida de populações negras e indígenas, retirando-lhes o acesso à agricultura de subsistência. Outro desastre são as carvoarias, que utilizam as sobras das árvores do eucalipto como combustível para fornos nos quais trabalham crianças em condições sub-humanas.
Discutir os prejuízos causados pela monocultura, não só ao meio ambiente como para a cultura e sobrevivência das populações das regiões em que esse tipo de cultivo é adotado.
Data: 2002
Duração: 56 minutos
Texto e Direção: Ricardo Sá
Produção: Alacyr Denaday, Geise Silva, Marcelo Calazans e Daniela Meirelles.
Apoio: FASE-ES e FUNDO SAAP
Contatos:
Tel.: (27) 3322-6330 (Geise)
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
sábado, 2 de janeiro de 2010
deixa estar
Coloco bem este disco, o daqui é pirata, gravado de um companheiro de programa, da época da Santê.
Escolhi a canção que vai.
Pesquisei, procurei e não encontrei sua letra, então tive que escutar e copiar, escutar e copiar.
A tormenta que se tornou
A vontade é ir preenchendo as tantas linhas vazias com toda manifestação das emoções que se dão, afloram e transpiram, ocupando de rab...
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Trouxe lá do Refúgio da Dimensão de Sandra Camurça . Campanha MEGA NÃO! ao AI-5 Digital Campanha Meganao - Digitalização de músicas from ...
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Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres Págs. 82, 83, 84 - 18ª edição (...) Ulisses falou: _ Bem tranquila, Lóri, vá bem tranquila. Mas cui...
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Cada criança nasce com possibilidades tão grandes, com tanto potencial que se tiver permissão e for auxiliada a desenvolver a própria indivi...