A Caverna – José Saramago
(...) Quando o nosso criador abriu a porta do forno e viu o que lá se encontrava dentro, caiu de joelhos extasiado. Este homem já não era nem preto, nem branco, nem amarelo, era, sim, vermelho, vermelho como são vermelhos a aurora e o poente, vermelho como a ígnea lava dos vulcões, vermelho como o fogo que o havia feito vermelho, vermelho como o mesmo sangue que já lhe estava correndo nas veias, porque a esta humana figura, por ser a desejada, não foi preciso dar-lhe o pirarote na cabeça, bastou ter-lhe dito, Vem, e ela por seu próprio pé saiu do forno. (...)
(pág. 225)
(...) Aqueles a quem o criador rejeitou, aqueles a quem, embora com benevolência de agradecer, afastou de si, isto é, os de pele preta, branca e amarela, prosperaram em número, multiplicaram-se, cobrem, por assim dizer, todo o orbe terráqueo, ao passo que os de pele vermelha, aqueles por quem se tinha esforçado tanto e por quem sofrera um mar de penas e angústias, são, nestes dias de hoje, as evidências impotentes de como um triunfo pôde vir a transformar-se, passado tempo, no prelúdio enganador de uma derrota. A quarta e última tentativa do primeiro criador de homens que levou as suas criaturas ao forno, essa que aparentemente lhe trouxe a vitória definitiva, veio a ser, afinal, a do definitivo desbarato. (...)
(pág. 226)
******************************** imagens: net
Através de um companheiro, que ganhou, enviado por outro companheiro, assisti a um vídeo nesta segunda, no mínimo, revoltante.
Contatos:
Tel.: (27) 3322-6330 (Geise)
(...) Quando o nosso criador abriu a porta do forno e viu o que lá se encontrava dentro, caiu de joelhos extasiado. Este homem já não era nem preto, nem branco, nem amarelo, era, sim, vermelho, vermelho como são vermelhos a aurora e o poente, vermelho como a ígnea lava dos vulcões, vermelho como o fogo que o havia feito vermelho, vermelho como o mesmo sangue que já lhe estava correndo nas veias, porque a esta humana figura, por ser a desejada, não foi preciso dar-lhe o pirarote na cabeça, bastou ter-lhe dito, Vem, e ela por seu próprio pé saiu do forno. (...)
(pág. 225)
(pág. 226)
******************************** imagens: net
Através de um companheiro, que ganhou, enviado por outro companheiro, assisti a um vídeo nesta segunda, no mínimo, revoltante.
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Rede Alerta Contra o Deserto Verde
1- Cruzando o deserto verde
2- Terra de índio
3- Rompendo o silêncio
As informações que seguem vieram daqui:
http://www.piratininga.org.br/videos/meio-ambiente.html
Cruzando o deserto verde
2002, 56 min.
Produzido por iniciativa da Rede Alerta contra o Deserto Verde, o filme mostra as terríveis conseqüências da adoção do cultivo do eucalipto. A equipe de produção viajou por regiões do Espírito Santo e Bahia, entrevistando pessoas de diversos segmentos sociais. A vilã da história é a Aracruz Celulose, maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto. As plantações da empresa atingem os modos de vida de populações negras e indígenas, retirando-lhes o acesso à agricultura de subsistência. Outro desastre são as carvoarias, que utilizam as sobras das árvores do eucalipto como combustível para fornos nos quais trabalham crianças em condições sub-humanas.
1- Cruzando o deserto verde
2- Terra de índio
3- Rompendo o silêncio
As informações que seguem vieram daqui:
http://www.piratininga.org.br/videos/meio-ambiente.html
Cruzando o deserto verde
2002, 56 min.
Produzido por iniciativa da Rede Alerta contra o Deserto Verde, o filme mostra as terríveis conseqüências da adoção do cultivo do eucalipto. A equipe de produção viajou por regiões do Espírito Santo e Bahia, entrevistando pessoas de diversos segmentos sociais. A vilã da história é a Aracruz Celulose, maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto. As plantações da empresa atingem os modos de vida de populações negras e indígenas, retirando-lhes o acesso à agricultura de subsistência. Outro desastre são as carvoarias, que utilizam as sobras das árvores do eucalipto como combustível para fornos nos quais trabalham crianças em condições sub-humanas.
Indicação de uso:
Discutir os prejuízos causados pela monocultura, não só ao meio ambiente como para a cultura e sobrevivência das populações das regiões em que esse tipo de cultivo é adotado.
Discutir os prejuízos causados pela monocultura, não só ao meio ambiente como para a cultura e sobrevivência das populações das regiões em que esse tipo de cultivo é adotado.
Ficha técnica:
Data: 2002
Duração: 56 minutos
Texto e Direção: Ricardo Sá
Produção: Alacyr Denaday, Geise Silva, Marcelo Calazans e Daniela Meirelles.
Apoio: FASE-ES e FUNDO SAAP
Data: 2002
Duração: 56 minutos
Texto e Direção: Ricardo Sá
Produção: Alacyr Denaday, Geise Silva, Marcelo Calazans e Daniela Meirelles.
Apoio: FASE-ES e FUNDO SAAP
Contatos:
Tel.: (27) 3322-6330 (Geise)
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