quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

cada um cada uma

.
Falei bastante estas palavras:
Ó, quer saber, é assim mesmo, cada um, cada uma.

As transformações se dão através de processos. Comigo não foi, não é, não será diferente.

Termino 2009 sem amigos, sem amigas.
Sem dó nem piedade.
Tenho parentes, filhas, marido, vizinhos e vizinhas.
Tenho pessoas conhecidas.
Tenho camaradas companheiras companheiros das ações.
Tem pessoas que desejo,
pessoas que rejeito.

Fui criada nos preceitos do cristianismo da igreja católica, e escrevo que só serviu para três coisas na minha vida: me reprimir, oprimir e deprimir.
Não foi indo às missas e ouvindo os sermões e as pregações que encontrei, o que viria a entender como LIBERDADE, fui tê-la, primeiro, no coletivo da extinta Rádio Comunitária Santê FM 102.5.
Não faço a minha parte, porcaria nenhuma, me meto aonde o sangue ferve nas veias.
Tenho me recusado a beber cachaça, tomar uma estupidamente gelada, nos bares, casas, com quem se presta às lamentações, à meteção de pau e aos elogios aos bandidos direitosos.
Cansei.
Não venham me encher, já tenho muitas demandas, cuidados, afazeres e chateações para me tomarem.
Quero beber cerveja e falar de doideiras e atitudes.

Saudações vermelhas em todas as línguas e gestos
e um 2010 arretado, porreta e danado de bão.

*******************************************

INTÉ, UM ABRAÇO UM BEIJO

Minhas despedidas
se enchem de braços mãos
boca olhos nariz
Minhas despedidas
se abrem em órgãos sentidos
Minha despedida sou eu
inteiramente despida
Só esperando...
O momento...
Hoje
Amanhã é outro dia
(ago/2009)
e depois de amanhã é outro ano

sábado, 26 de dezembro de 2009

altamente tocante

.
OS INDIFERENTES
Antonio Gramsci
11 de Fevereiro de 1917

Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel acredito que "viver significa tomar partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.
A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador, é a matéria inerte em que se afogam freqüentemente os entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e às vezes, os leva a desistir de gesta heróica.
A indiferença atua poderosamente na história. Atua passivamente, mas atua. É a fatalidade; e aquilo com que não se pode contar; é aquilo que confunde os programas, que destrói os planos mesmo os mais bem construídos; é a matéria bruta que se revolta contra a inteligência e a sufoca. O que acontece, o mal que se abate sobre todos, o possível bem que um ato heróico (de valor universal) pode gerar, não se fica a dever tanto à iniciativa dos poucos que atuam quanto à indiferença, ao absentismo dos outros que são muitos. O que acontece, não acontece tanto porque alguns querem que aconteça quanto porque a massa dos homens abdica da sua vontade, deixa fazer, deixa enrolar os nós que, depois, só a espada pode desfazer, deixa promulgar leis que depois só a revolta fará anular, deixa subir ao poder homens que, depois, só uma sublevação poderá derrubar. A fatalidade, que parece dominar a história, não é mais do que a aparência ilusória desta indiferença, deste absentismo. Há fatos que amadurecem na sombra, porque poucas mãos, sem qualquer controle a vigiá-las, tecem a teia da vida coletiva, e a massa não sabe, porque não se preocupa com isso. Os destinos de uma época são manipulados de acordo com visões limitadas e com fins imediatos, de acordo com ambições e paixões pessoais de pequenos grupos ativos, e a massa dos homens não se preocupa com isso. Mas os fatos que amadureceram vêm à superfície; o tecido feito na sombra chega ao seu fim, e então parece ser a fatalidade a arrastar tudo e todos, parece que a história não é mais do que um gigantesco fenômeno natural, uma erupção, um terremoto, de que são todos vítimas, o que quis e o que não quis, quem sabia e quem não sabia, quem se mostrou ativo e quem foi indiferente. Estes então zangam-se, queriam eximir-se às conseqüências, quereriam que se visse que não deram o seu aval, que não são responsáveis. Alguns choramingam piedosamente, outros blasfemam obscenamente, mas nenhum ou poucos põem esta questão: se eu tivesse também cumprido o meu dever, se tivesse procurado fazer valer a minha vontade, o meu parecer, teria sucedido o que sucedeu? Mas nenhum ou poucos atribuem à sua indiferença, ao seu cepticismo, ao fato de não ter dado o seu braço e a sua atividade àqueles grupos de cidadãos que, precisamente para evitarem esse mal combatiam (com o propósito) de procurar o tal bem (que) pretendiam.
A maior parte deles, porém, perante fatos consumados prefere falar de insucessos ideais, de programas definitivamente desmoronados e de outras brincadeiras semelhantes. Recomeçam assim a falta de qualquer responsabilidade. E não por não verem claramente as coisas, e, por vezes, não serem capazes de perspectivar excelentes soluções para os problemas mais urgentes, ou para aqueles que, embora requerendo uma ampla preparação e tempo, são todavia igualmente urgentes. Mas essas soluções são belissimamente infecundas; mas esse contributo para a vida coletiva não é animado por qualquer luz moral; é produto da curiosidade intelectual, não do pungente sentido de uma responsabilidade histórica que quer que todos sejam ativos na vida, que não admite agnosticismos e indiferenças de nenhum gênero.
Odeio os indiferentes também, porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos inocentes. Peço contas a todos eles pela maneira como cumpriram a tarefa que a vida lhes impôs e impõe quotidianamente, do que fizeram e sobretudo do que não fizeram. E sinto que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha compaixão, que não posso repartir com eles as minhas lágrimas. Sou militante, estou vivo, sinto nas consciências viris dos que estão comigo pulsar a atividade da cidade futura que estamos a construir. Nessa cidade, a cadeia social não pesará sobre um número reduzido, qualquer coisa que aconteça nela não será devido ao acaso, à fatalidade, mas sim à inteligência dos cidadãos. Ninguém estará à janela a olhar enquanto um pequeno grupo se sacrifica, se imola no sacrifício. E não haverá quem esteja à janela emboscado, e que pretenda usufruir do pouco bem que a atividade de um pequeno grupo tenta realizar e afogue a sua desilusão vituperando o sacrificado, porque não conseguiu o seu intento.
Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes.
.
Primeira Edição: La Città Futura, 11-2-1917
Origem da presente Transcrição: Texto retirado do livro Convite à Leitura de Gramsci"
Tradução: Pedro Celso Uchôa Cavalcanti.
Transcrição de: Alexandre Linares para o Marxists Internet Archive
HTML de: Fernando A. S. Araújo
Direitos de Reprodução: Marxists Internet Archive (marxists.org), 2005. A cópia ou distribuição deste documento é livre e indefinidamente garantida nos termos da GNU Free Documentation License

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Interferências

.
(revisão dez/09)

Não basta ser mãe, tem que interferir

Saudações Querida Diretora,
Como das outras vezes que conversamos, não quero ter constrangimento nenhum para fazer estes comentários, estas observações, a partir de acúmulos que tiveram no nosso encontro de pais (mar/2009), a gota transbordante. Porque, se queremos o melhor para que as crianças, que são a base do ser humano, se tornem adultos que valorizam a vida, em todos os sentidos, temos que trabalhar para que isto aconteça. Na condição de filha e hoje de mãe, vejo ainda mais, como primeiro, devemos nos mudar, pois não dá mais pra ser como era. Fico pensando nas crianças que nascem biologicamente saudáveis e assim se tornam, criança neurótica, esquizofrênica, com os transtornos bipolares, ansiosa, violenta, possessiva. Mas o que acontece pra se chegar a esta conclusão, pois a criança não fica isto tudo por ela? Então concluo que nós pais, mães, educadores, responsáveis, devemos nos reciclar, ler bastante, e mais que tudo, praticar a teoria, teoria e prática, tentar aproximá-las ao máximo.
Pôxa vida, Diretora, por que não usar um texto da realidade brasileira, e somos também americanos, então quem são os americanos do texto ‘O preço de um filho’, qual governo americano, ou se trata de uma realidade estadunidense, da classe média dos estados unidos? Um país, Diretora, em crise, onde jovens estadunidenses saem atirando e matando nas escolas, uma população, na sua maioria, e governo, promotores das guerras e matanças em nome da democracia, da paz e da liberdade, uma incoerência, uma sociedade altamente conservadora, mas se é pra vender todo o lixo pornográfico e o lixo infantil, é deste jeito, a pior expressão de dominação. É sinistro como querem imitar tamanha decadência, e não fico vendo referências, nas relações que eles querem impor.
Quando a Pedagoga falou do conhecimento transformar, não é puramente o conhecimento que transforma, o conhecimento é uma ferramenta. Quantas pessoas se formam, em todas as áreas, que tomam esta ferramenta ao final do curso, nas universidades, faculdades, o ‘centro do saber teórico’? Elas saem detentoras do conhecimento, estão, se formam aptas para exercerem suas ‘escolhas’ profissionais, e qual é a lógica hoje do exercício da profissão? Não é o conhecimento que transforma, é a prática que tem o caminho da transformação, o conhecimento praticado com sabedoria, e mesmo não passando por uma formatura superior, tive o prazer de saber onde buscar conhecimento para práticas de relações menos destrutivas. Aqui não há a frustração da negação das universidades e escolas em geral, aqui há o desejo de rompimento com uma metodologia fracassada.
Diretora, mais que nunca, quero defender e lutar por uma liberdade real, pelo diálogo, pela conversa, e em hipótese alguma as atitudes de violência, por isto não concordo nem de brincadeira, usar a ameaça de um sapato, a criança sabendo ou não o significado disto, pois existem outros meios para que as crianças façam as tarefas com prazer, é só colocar a imaginação pra funcionar.
Tenho visto, ouvido, com imenso pesar, elogios aos tempos das educações da ditadura, fascistas, repressoras, violentas, um tempo sem respeito, onde o medo imperava, que equivocadamente é confundido com respeito, era medo da professora, da mãe, do pai, dos mais velhos, da empregada, da avó, do avô, do padre então, e isto não é respeito, é pavor, e ter respeito não quer dizer que há concordância. E quanto mais, sinto que entre Educação e violência não havia e nem há, nenhuma relação, Educação e violência são imiscíveis.
Quando foi falado das regras, pensei em acordos, nas leis, nas normas, e que o respeito aos acordos difere do enquadramento às regras, então que as regras, os acordos, leis, normas, existam para a manutenção das relações de uma convivência saudável, podendo estas regras, passarem por revisões ou até mesmo serem eliminadas para que se crie outra melhor.
As crianças não precisam acatar ordens, o I.E.V.N. não é um quartel, e aqui em casa, as meninas não obedecem a ninguém, e detesto quando falam que elas são obedientes, aqui ninguém manda, elas, nós, atendemos aos pedidos umas dos outros, e também seja mando ou pedido, tem hora, elas não obedecem nem atendem, então, imaginação pra funcionar.
Não é porque a maioria das gerações vem sendo reprimidas ao longo dos anos, onde a propensão é grande, do reprimido virar o repressor do futuro, desde a infância, que este fato tenha que ser eterno como realmente, o modelo do adulto digno de sê-lo. Não é pelo caminho da dominação, do controle de pais sobre os filhos, não é tratando as crianças como cabeças ocas pra encher, e dá-lhe as porcarias pra dentro, que teremos uma nova sociedade, e este novo só virá se houver respeito pelas crianças, para que elas cresçam sem culpas, solidárias, amantes cuidadoras, dignas, se auto respeitando e ao outro e à Natureza. Se nós adultos, pais, mães, educadores, responsáveis, sociedade, conseguirmos romper com a seqüência da violenta destruição, só assim teremos iniciado a construção de uma nova sociedade, com crianças, crescendo a partir da tolerância, do sentimento de preservação, do carinho, amor, paciência, vindos destes adultos da convivência delas, assim serão crianças que se tornarão adultas em crescimento.
Ao longo dos anos, e hoje com a modernidade tecnológica, as relações capitalistas vem alterando de forma perniciosa os objetivos da Educação, tanto nas escolas particulares, nas públicas, e raras as exceções, não estão formando mais seres humanos, o que elas fazem é prepararem os competidores para o vestibular, e uma vez nas universidades e faculdades, estas preparam os competidores individualistas e egoístas para se digladiarem dentro do excludente mercado, e o vencedor, uma vez lá dentro, ao comando do capataz alienado, o famigerado e insaciável tempo, que vai consumindo e sugando todas as energias do indivíduo, em nome da produção do trabalho, não restando muita para outras dedicações.
Atualmente, cada vez mais, Programas e iniciativas nas Escolas Públicas, Particulares, nas Instituições de Ensino e seus corpos de Professores/Educadores e funcionários, trabalham com o intuito de proporcionar outros contatos das crianças/jovens com outras realidades, tanto com atividades internas, quanto com as externas. Pode ser o contato com a terra, através do jardim ou dos canteiros dentro da escola, e fora, em plantações, são as excursões, é uma ‘rádio-recreio’ feita pelos próprios alunos, incentivando a comunicação, e tudo que se pode (re)fazer e (re)criar através da cultura, teatro, filmagens, canto, pintura, dança, culinária, meio ambiente, saúde, ciências, contação de histórias ou uma biblioteca mais interativa. Então surgem outras questões, sob qual lógica seriam conduzidas todas estas atividades, qual o sentido final, baseadas em que valores condutores da metodologia , sob quais princípios norteadores das ações e relações? Não basta termos a atividade, sendo seu acontecimento a partir da interação, seja a interação solidária ou de dominação, e muito ainda, infelizmente e para desespero, vemos o desperdício das crianças ficarem sentadas por quase todas aquelas horas escutando, nas muitas das vezes, sem poderem dar um pio, e se esvaindo o que há de melhor nelas.
É falho, na minha humilde opinião, o método de ensino, ainda hoje antiquado, retrógrado, religiosamente castrador das capacidades íntimas e das belezas interiores, um (des)ensino que reproduz a lógica infeliz, que contraria o desenvolvimento saudável, que usa das imposições, medos e culpas, para que se tenha o controle, o poder de uns sobre as outras.
As escolas, os pais, os adultos em geral, precisamos aprender muito no trato com as crianças, um aprendizado baseado em experiências de crescimento tanto para o adulto quanto para a criança.
Para muitos adultos o lidar com a modernidade junto aos filhos é uma situação completamente nova, pois existe uma abertura, mesmo pequena, da liberdade e respeito às crianças, isto não aconteceu na infância de muitos destes adultos, porque a referência é a da surra, do cala a boca, e todas estas tragédias na vida de uma criança.
Não é por este caminho que estaremos dando o melhor de nós a nossas crianças.
Diante destes fatos, nós adultos envolvidos na educação e crescimento de crianças, temos que nos permitir e buscar nos livros, na leitura, nas trocas, buscar outros caminhos a partir da negação do modelo perverso, do rompimento com a opressão, no sentido de trabalhar valores que dignifiquem a existência.
É sabido que se alguns são capazes de destruir, muitos outros são capazes de cuidar, e não será por outra via, como através do tucano, da gata, ou de uma flor, que continuará vivo, por um tempo maior, o planeta, se há que se mudar, partirá do próprio ser humano.
Querida Diretora, escrevo todos estes comentários por, a partir do texto, sentir neste início do quarto ano em nossas relações, uma alteração na exposição da metodologia. Você sabe, Diretora, sempre tive em vocês a confiança de que, não só as meninas, mas todas as crianças do I.E.V.N., estão tendo uma convivência e um aprendizado que farão muita diferença pra elas, mais do que as tantas outras instituições que só fazem enquadrar e não libertar.
Desejo ser, de todo coração, parceira de vocês, no sentido da contribuição que puder dar na formação e crescimento das crianças.
Carinhosamente,
Edelvais (mar/09)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

.
.


Para minha carícia
A Ti
Vais
Meu desejo delírio
Lírios...
De que pra quem:
Como gostaria de ser tocada
muito mais
para além da leveza
dos olhos pousados
em uma foto antiga



.

foto: net

domingo, 20 de dezembro de 2009

Metáforas

Eu
um punhado de fina areia
em suas mãos em conchas
O vento vem
As conchas se unem na ânsia de guardar-me
Não adianta...
O vento é forte
Leva a areia fina na passagem
Escorre por entre os dedos
Eu
me vou por entre seus dedos
Mas, se vai...
O vento passa
Uma das mãos em concha segue o rastro
E a outra mão a recolher
Até juntarem novamente
um monte de fina areia
entre suas mãos em conchas

(set/09)

sábado, 19 de dezembro de 2009

aonde bate?

A revolta surda
visão sentidos latejantes
A dor não vem não mora
na cabeça na face
Está no fundo
do pescoço pra baixo
no coração no peito
na barriga no estômago
nas entranhas
do sexo
da bunda
Alojada
num centro de convergências
num destes pontos
profundos infinitos
que ultrapassam
e levam junto
o espectro da essência
a dentro a dentro
num espaço buraco
sem fim tornado
que o externo não mostra
nem sempre nem sempre
(mai/09)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

considerações

.
Sem viajar muito nos motivos, já li um bocado sobre signos, influências de planetas, características estas e aquelas.
De alguma forma parei, poucos anos atrás, de me procurar nos signos.
Satisfiz minha curiosidade quando li Missão dos Signos.
Como nem tudo bate, há controvérsias, mas onde bateu, foi forte.
Ver imagem nabatidadoprego.

Radicalismo:
que seja uma qualidade ou uma característica.


Bem, e os defeitos, faço até uma lista, começando por enrolada, chata, teimosa, e tal e tal...
(out/09)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

despedidas e boas vindas


Festa é o quê há.
Som, conversas, danças, trocas, cômes e bébes, vibração pura.
E não tem jeito, nas comemorações ou nos velórios, sempre rola @s mais diferenciad@s tira/comidas e birinaites/bebidas.
No caso dos velórios, o canal é ficar na cozinha, vez ou outra, surgem umas paradas interessantes que ficam amocadas, isto pra não escandalizar muito, a turma da sala.

Uso da linguagem conceitual do homem, da mulher para combatê-los.
Eu desafio o homem, a mulher.
Não percam tempo e nem gastem seu precioso dinheiro.
Digam não, sempre que puderem, às porcarias entupidas de conservantes industrializadas trangênicas:
Mata!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

falha técnica

O sommmmmmmmm!!!!
.
.
O Que É, O Que É?
Gonzaguinha
Composição: Gonzaguinha

Eu fico
Com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...
Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...
E a vida!
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida
De um coração
Ela é uma doce ilusão
Hê! Hô!...
E a vida
Ela é maravilha
Ou é sofrimento?
Ela é alegria
Ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão...
Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo...
Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor...
Você diz que é luxo e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer...
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser...
Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte...
E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...
.
.

Detalhe: A falha técnica é porque, realmente era pra estarmos escutando e cantando junto, de acordo com o desejo, esta canção do Gonzaguinha, mas ainda não rolou de pegar as manhas de colocar o troço aqui.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

o que veio

março, junho, setembro, novembro
imediatamente: últimas palavras
mais tarde: à flor da pele, já existia
tentei: na flor da pele, já tinha também
fui pensar:
o que seria semelhante
ao termo,
às palavras que expressassem
as reações geradas a partir das motivações,
aos arrepios dos cabelos, ui, ai
aos nervos (não quis usar) estimulados,
à adrenalina correndo nas veias,
aos sentidos excitados,
à intimidade aflorando,
ao sabor do toque gerador das reações tesantes, indignantes...

ao sabor do toque ocorreu e gostei.

o outro nome, o interno
primeiro, também seria últimas palavras
só que, de um jeito, muito dramático
teria que ser algo mais de acordo
sem as restrições que me impunha

até às últimas consequências
ficou.

A tormenta que se tornou

A vontade é ir preenchendo as tantas linhas vazias com toda manifestação das emoções que se dão, afloram e transpiram, ocupando de rab...