A revolta surda
visão sentidos latejantes
A dor não vem não mora
na cabeça na face
Está no fundo
do pescoço pra baixo
no coração no peito
na barriga no estômago
nas entranhas
do sexo
da bunda
Alojada
num centro de convergências
num destes pontos
profundos infinitos
que ultrapassam
e levam junto
o espectro da essência
a dentro a dentro
num espaço buraco
sem fim tornado
que o externo não mostra
nem sempre nem sempre
(mai/09)
sábado, 19 de dezembro de 2009
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