quarta-feira, 26 de setembro de 2012

entusiasmei


perfil na pedra com espelho




perfil e os coqueiros




perfil só




É o título. Daí, fui experimentar. O programa que uso é o paint, o céu vermelho e as molduras(postagem anterior) fiz  no editor de fotos http://www.picmonkey.com/#  .


teste no horizonte vermelho



E peguei outra imagem, a do pássaro de fogo, então recortei e colei este.


vontade de voar



vieram daqui:


imagem do pássaro de fogo: net
foto que tirei e foi pintada de vermelho







domingo, 23 de setembro de 2012

recorte e cola

para Marcos Pizano do versoaberto.


na moldura o recorte e cola no horizonte oeste de BH 


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A Júnia gostou e quis fazer também, recortando formas aleatórias.

na moldura o recorte e cola da Júnia

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Foram feitos a partir desta foto

foto que tirei do céu num final de tarde  - BH/R.O. - ago/12

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domingo, 16 de setembro de 2012

A memória das marcas


para Assis

A identidade impregnada nas palavras:
imagens, sons, odores
É só tocá-las
Vibram na frequência das ondas
Na aura do orbe
A cismar em mais de mil e uma alucinações
Um fio de cabelo caído na pedra
É só tocá-la
E todo código depositado:
fragrâncias, ruídos, melodias
Fatos impressos
Espaço magnetizado em captação profana
Eflúvios
Os giros dos vórtices velozmente
gerando campos carregados eletrificados
Luminosos
Invisíveis
Sentidos nos pelos
nas profundezas
Superfícies alisadas
tocadas pelas pontas
na espuma 
nos grãos
na mineralidade
nas condensações
na materialidade delirante 
da existência

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

um espetáculo!!!


Dois poemas de Adonis (pseudônimo de Ali Ahmad Said Esber)

“Guia para viajar pelas florestas do sentido” 

O que é o caminho?
anúncio de partida
escrito em folhas que o pó desenhou.

O que é a árvore?
lagoa verde cujas ondas são o vento.

O que é o vento?
alma que não quer
habitar o corpo.

O que é a morte?
carro que leva
do útero da mulher
ao útero da terra.

O que é a lágrima?
guerra perdida pelo corpo.

O que é o desespero?
descrição da vida na língua da morte.

O que é o horizonte?
espaço que se move sem parar.

O que é a coincidência?
fruto na árvore do vento
caindo entre as mãos
sem se saber.

O que é o não sentido?
doença que mais se propaga.

O que é a memória?
casa habitada só
por coisas ausentes.

O que é a poesia?
navios que navegam, sem portos.

O que é a metáfora?
asa aliviando
no peito das palavras.

O que é o fracasso?
musgo boiando no lago da vida.

O que é a surpresa?
pássaro
que escapou da gaiola da realidade.

O que é a história?
cego a tocar tambor.

O que é a sorte?
dado
na mão do tempo.

O que é a linha reta?
soma de linhas tortas
invisíveis.

O que é o umbigo?
meio caminho
entre
dois paraísos.

O que é o tempo?
veste que usamos
sem poder tirar.

O que é a melancolia?
anoitecer
no espaço do corpo.

O que é o sentido?
início do não sentido
e seu fim.

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O SACRE

Seja!
Vieram os pássaros e amalgamaram-se:            é pedra e pedra.

Seja!
Despertarei ruas e noite
e juntos passaremos pelas árvores.
Os ramos serão malas verdes
e o sonho, travesseiro no intervalo das viagens.
A manhã persiste       e estranha
imprime seu rosto em meu segredo.

Seja!
Despontou um raio     chamou-me uma voz
desde os confins das muralhas...

E rezei...
sussurrei rente às pedras
e li as estrelas: tomei seus pontos
e apaguei-os.
Meu desejo é um mapa
e nele o meu sangue e as entranhas.

Se soubesse, como o poeta, mudar as estações,
se soubesse conversar com as coisas,
enfeitiçava a tumba do pequeno cavaleiro no Eufrates,
a tumba do meu irmão na margem do Eufrates
(morreu, não teve bálsamos, nem enterro, nem orações).

Eu diria às coisas e estações
“Juntai-vos como se junta o ar,
estendei-me o Eufrates;
verta a água verde
como a oliva verte em meu sangue enamorado,
no meu tempo ancião”.

Se soubesse, como o poeta, tomar as núpcias das plantas,
cobriria estas árvores com crianças.

Se soubesse, como o poeta, domar o insólito
faria nuvem de cada pedra
para fazer chover sobre a Síria e sobre o Eufrates.

Se soubesse, como o poeta, mudar a hora da morte
se soubesse ser profecia, que adverte ou dá sinal,
eu gritaria
“Ó, nuvens, condensai-vos, chovei
em meu nome sobre a Síria e sobre o Eufrates.
Por Deus, nuvens...”

Abriram-se os céus, e
da poeira fizeram-se livros,
e Deus estava em cada livro.

Sem dormir...
pedra alguma dorme em meu rosto,
miragem alguma retém o meu olhar.

Um sinal vem do Eufrates:
Sou aquele que habita em teu colar, ó pomba
em teu bando migratório, ó gaivão.
Sou como o adivinho,
espalho signos e visões
no horizonte, e em muitas línguas.
Sou o Eufrates e sou a Península.

Um sinal...
Devagar, minha saudade...

O Sacre nas veias secas, nas urbes do pensamento íntimo.
O Sacre, como halo gravado no portal da Península.
O Sacre, saudoso e confuso entre o sonho e o pranto.
O Sacre, em seu desespero criador, no labirinto,
ergue, no cume, no fundo do fundo, o Alandalus profundo.

De Damasco ao Ocidente, o Alandalus,
levando a colheita do Oriente.

O Sacre escreve ao espaço, esse desconhecido generoso,
a pedir-lhe um lugar... limpo, como o espaço nas veias.
O Sacre acena a outros sacres —
cansado, levam-no os dédalos, levam-no as rochas.

E ele se inclina, alimentando as rochas, alimentando os dédalos,
o rosto avante, o sol por encalço.

O espaço é fornalha
e os ventos, velha a tecer contos,
e os sacres, cortejo a abrir o céu.

Como um amante, audacioso,
juvenil, de paixão audaz,
ergue o Alandalus profundo
ergue-o para o Mundo — esse novo santuário.

Todo espaço em seu nome é livro.

Todo vento em seu nome é hino.

Tradução: Michel Sleiman

terça-feira, 11 de setembro de 2012

outro 11 de setembro



Preciso me manter antenada


Bagunça
Zona
Coréia
Furdunço
Baderna
E eu
Doida
Descabelada
Lerda
Sonsa
Viajante
Avoadora 1 ou avoadora 2
Não importa, pois, avoadora
Dando e recebendo
Meu universo
Meu pluriverso



O Som!!!!!!!

Antene-se - Chico Science & Nação Zumbi

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

o que toca

grades nas janelas. nas portas, madeira abre, ferro soldado fecha. televisões em jaulas. êta século XXI!! nas beiradas dos muros, espirais afiadíssimas. no alto dos portões, fios altamente condutores. pense: você está sendo filmad@. arames farpados são tão antigos nos tocos de braúna! mas os dispositivos modernos, ultra modernos dão garantia. êta civilização evoluída!!


Outro dia martelei o dedo. Interjeição: um baita palavrão.
É seguro o envolvimento. A resistência do feixe é mais garantida. Mas feixe não há, há que ser construído. O despertar é fraco e a batalha é maior. A força do graveto somente é pouca. O efeito é lento, se há. Mas há que se, mais e mais. Uma quantidade de energia reservada às canalizações. O dinheiro não vale o tempo, tempo dedicado sem massa no ouro e se peso fosse, nem assim. É seguro o envolvimento. Injetado que foi, direto na mente, certeiro no coração. Lateja no peito. Pulsa na corrente. Envolve, envolvo, penetra, entranhado, imantado. Como um imã, puxa, atrai, gruda. Arrepios. Emoção pura.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

da cabeça aos pés


um presente: respiro,  transpiro, espirro, inspiro, expiro, transito...
caminhos apertados, curvas sinuosas e as retas: menor distância entre dois pontos.
as palavras induzem, seduzem
correm como fogo
envolvem em movimentos ondeantes o corpo
galgam as colunas
despem em espiral
deslizam
desnudam e aumentam a velocidade dos giros
e o diâmetro se estende
irradiam cores translúcidas
por toda a atmosfera da esfera
conectam ligadas por a ponte viva, saem entram, vem e vão
chocam em faíscas eletrificadas: redemoinhos dos planos
sete tons
o arco-íris em toda a sua curvatura explode espalha energia colorida
enquanto o beija-flor suspenso suga o néctar d’alguma flor

A tormenta que se tornou

A vontade é ir preenchendo as tantas linhas vazias com toda manifestação das emoções que se dão, afloram e transpiram, ocupando de rab...