quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

coisas de um concurso e um som

Um dos motivos que gosto das férias é que dá pra organizar um bocado das coisas que vão ficando sempre pra depois. Em uma destas mexidas achei um bloquinho onde vão algumas anotações de quando em 2004 me aventurei a participar de um concurso de poesias, assunto já tocado aqui em outra postagem, e também fiz uns rabiscos e desenhos. Mostro abaixo as anotações e os rabiscos e desenhos levo lá pro toc! toc! toc!

Por onde começarei? São todos de um determinado tempo, feitos de uma vez, tinha que ser assim. Uma apresentação poética. É meu primeiro concurso. Apresento-as da forma não de um discurso. São poemas? Esqueço o que penso dos poemas e apresento as poesias(?) rimadas, desarrumadas, nuas, desnudas – um riso no canto da boca. Cotidianamente respiro, espirro, aspiro, inspiro, sim, eu transpiro, piro. “E quem mexe com fogo faz xixi na cama”, alguns dizem. Aqui estamos para transformar, trans – formar, boas passagens.
É..., fica assim..., apontando para o caderno. Talvez não fosse pra mim tão fácil ordenar, as idéias fogem. Poderia a primeira ser mais ruim? Uma careta. Seria necessário algo para inspirar ou então pegue algo já digitado e faça os consertos necessários, foi-se, maybe.
Não mais citarei desta forma, nada disso. Quero dizer, ou melhor, escrever que não escreverei isto: simplesmente as palavras somem, a conexão desencaixa toda, o pensamento sem sequência aqui e acolá quando pego na caneta e resolvo escrever. Tento algo pela, sei lá que vez, espero essa, nesse momento, a última. Preciso escrever 15 ou 30 páginas de poemas, ou faço isso ou vou naqueles escritos.
Ouço um apito mais ou menos assim, ao tradicional me limito, piuiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
O trem cargueiro vai lá embaixo. Quem sabe o que vai nele? Eu sei e não digo – sabe nada! Nele tem um segredo – é um blefe! Seu carregamento foi feito há tempos. Não posso dizer, tenho que rimar. Uma bela bandeja trazia figo, um figo para o folguedo onde menos se comia. A tela festeira pintava-se em cada ponto da colina, desde a brincadeira canina. 


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Um Som!!!!

Victor Jara - Deja la vida volar 

2 comentários:

Jorge Pimenta disse...

em 2004 estas palavras inauguraram amoras e bosques para hoje ressuscitarem memoriais.
beijo!

Vais disse...

putz, Jorge, que lindo este seu comentário, fico honrada com suas palavras

tenho rabiscado algo sobre o amor e a amora

beijos querido moço de altos agradecimentos

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