quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um Particular

. Não nasci diferente
Igual todas crianças
Vim de uma barriga
Desde sempre sinto

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"Como professor não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância se não supero permanentemente a minha".

Mestre Paulo Freire

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minha versão

Se não supero permanentemente a minha ignorância,
uma vez militante e mãe,
como posso ajudar
@s companheir@s e as filhas
a superarem as suas ignorâncias?


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uma colagem

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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Não aguento muito o troço martelando, então venho.
Minha cabeça e corpo pararam de doer, depois de dois dias e uma noite.
Mãe ou responsáveis, com crianças pequenas, não deveriam ficar doentes.
Debaixo das cobertas, calçada com meias, vestida de calça quentinha e duas blusas de frio, o corpo moído arrepiava e a cabeça queria explodir. A pequena Elena, Delvais embrulho você se você tá com frio. Obrigada, minha linda, você é tão gentil!
As brincadeiras, as panelas, vassoura, lavações ficaram. Amanhã amanheço melhor, nada que um bom chá de limão, alho, mel e própolis não resolva.
E a noite povoada de sonhos, a organização da Escola, estava tão bagunçada, precisávamos separar os materiais, tudo, papéis, pastas, e algo incomum, os frascos das fragrâncias. Sonhos que me pergunto, de onde vem? Mas parece que tudo está interligado.
Então eu espero. Quis esperar em silêncio, não teve jeito, não resisti.
Espero respostas, espero a tranquilidade para sentar, espero e não pego onde deveria.
No tempo da espera vou fazendo, inventando colagens, composições, criações absurdas, mas não pego onde deveria.
Elas me olham, com aqueles olhinhos redondos e escuros.
Vais, amo você, mas por que você é tão estranha?
Delvais, você é muito fofa, e por que você é maluca?
Devolvo o olhar cheia de ternura e respondo, tudo bem lindinhas, todos temos um pouco de estranheza e maluquice.
Outro dia, um irmão me disse, ah, Delvais, as meninas não te respeitam, elas nem te chamam de mãe. Dei boas gargalhadas e disse, deixe as meninas.
A Júnia ganhou livros da Escola, meu preferido, Era Urso?
Queria ter as manhas do Professor Halem pra escrever sobre os livros que leio ou li, não tenho despeito, muito mais o admiro, e vou tentando, pois muitas coisas, só exercitando.
E fico, sinceramente, pensando e vendo como nós seres humanos podemos ser capazes de sentimentos que geram os atos, das grosserias, inveja, orgulhos sinistros e o pior de todos, a indiferença, este destrói.
A gentileza é algo de sublime!
Por que tanta luta para fazermos valer os direitos?
Novamente a página do bhrecicla está fora do ar, assunto velho tratado aqui, e vamos querendo saber por que e pensando por que nenhuma das Regionais tem uma gerência de meio ambiente.
Este ano, através doutro irmão, paramos de pagar carroceiros, para levar o material recolhido no quarteirão para uma associação de reciclagem, pois a SLU não pode abrir exceção.
Faz um ano que pintei e colocamos, eu e Franciele, faixas numa avenida por questões de segurança nossa, dos pedestres, onde vamos e voltamos de segunda a sexta, caminho da Escola da Júnia e todas as vezes que por ali andamos, nós e todas as pessoas. As faixas duraram uma semana, foram arrancadas, e a bhtrans e suas justificativas levam em conta os carros, e é preciso sentar pra escrever a eles.
Este ano, dada a situação insustentável nas Escolas, a Secretaria Municipal de Educação juntamente com todos os segmentos, vem através de encontros, seminários e muito trabalho, na construção do Regimento Escolar, e dá-lhe os calhamaços para ler e apontar destaques numa querência de fazer algo, de contribuir.
E vamos na luta, combatendo dentro de nós mesmos, em primeiro lugar, as violências com que fomos, e ainda somos tratados, na tentativa de não reproduzi-las. Não reproduzir o individualismo, egoísmos, as prepotências e arrogâncias, as atitudes invejosas e grosseiras que tanto estão por aqui, aí, ali e acolá.
Humildade, retribuição, ternura, carinho, prazer, é muito, mas muito bom.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

o momento pede

novamente

dois sentidos
minhas mãos se ocupam de outros afazeres
e os olhos continuam vendo e lendo

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outra vez

por aqui
não sou fogo
sou ar
o vento ventou
assoprou as chamas
labaredas ardem
por este
arfando
furacões
em redemoinhos
de carregar
as lanças
ao alto
vem o vento ventar
tremulando
linhas entrelaçadas
tecidas de libertar
(fev/09)

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inté

A tormenta que se tornou

A vontade é ir preenchendo as tantas linhas vazias com toda manifestação das emoções que se dão, afloram e transpiram, ocupando de rab...