domingo, 23 de novembro de 2014

Por esses dias e antes



O verbo: palavra. Avesso. O direito traço furado. O esquerdo movimenta. Emoção. Razão. O verbo, a palavra, na mão, chão de pisadas, pegadas. Uma a uma. Até que tudo, o silêncio ou o ponto.

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Bom dia! Assim sempre era o começo: eu te abraço nesta manhã, e no abraço, no tempo que está, dois corações se tocam. Está lembrada daquele triálogo que travávamos? Nossas pessoas prontas, a faca, o queijo e as lôcas: tese, antítese, síntese.

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Então, é um domingo, 23 de novembro de 2014, quando pegou a agenda e se sentou na cama para tentar uma vez mais o mesmo exercício. Abriu a página e já não era mais este tempo, 13 de fevereiro de 2010 em branco, mas no canto a lembrança de que em 1922, ‘primeira semana de arte moderna...’
Todos os sentidos buscavam nos dias o tesão da existência. De olhos fechados, cega sentia em cada poro o cheiro ao tocar uma mecha solta, lentamente movia a cabeça e o corpo se enchia do calor. Ao abrir os olhos: asfalto, prédios, casas, estabelecimentos, céu, pessoas... pela janela passando paisagem urbana.

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Queria te ver. Te sorrir. Te contar. Queria te pegar. Te tocar. Tato e antebraço. Te ter em cada detalhe do olhar. Te pregar nos olhos. Queria sim. 

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Um Som!!!!!!


Freedom by Anthony Hamilton & Elayna Boynton




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