O SOM!!!!!!
Dê um rolê - Novos Baianos
Os olhos param em várias cenas : o
calendário na parede, de olhar fixo não é para pegar, é externado para ser
transformado.
Aos sons da madrugada, de boca fechada e lá
dentro na membrana que se forma, ouço a palavra sendo falada, chorada, sorrida,
gritada, cantada...
O som dos desenhos, a vibração das formas,
sentimento dos traços.
Entoa ações.
Olhos arregalados, boca repuxada,
sobrancelhas arqueadas, braços rompendo sequências aéreas.
Para depois os lábios sorrirem [e se torna
tão óbvio a colocação da bonança para amenizar!], e o olhar em carinhos com os
braços em abraços.
As costas ardem, não em toda a sua extensão,
queimam em pontos específicos. É bem ali nas curvas internas das omoplatas, oras a da
esquerda oras a da direita. A origem não está em uma má postura ou em uma má posição quando nos braços
de Morfeu. E latejam aos movimentos da vassoura, dos panos do tanque ao rodo. Os braços se voltam ao dorso, levam as mãos ao local, as pontas dos dedos em movimentos
circulares. Vou ao chão de bruços, a cabeça numa almofada:
_ Meninas, venham, pisem nas minhas costas,
por favor!
_ Eu primeiro!
_ Não, eu primeiro!
_ Uma de cada vez...
Creque! Creque! Estalam.
_ Você escutou? Tá estralando!
_ Sim, são os ossos chegando ao lugar.
_ Tá doendo?
Com os pulmões comprimidos:
_ Não, continue pisando.
Passos pequenos num caminhar apertado sobre
a superfície feita de pele, ossos e carne e órgãos.
_ Tá bom?
_ Só mais um pouquinho aqui pro lado, fique
parada e mexa os pés no mesmo lugar.
_ Assim tá melhor?
_ Sim, pode descer. Grácias, meninas!
Um pouco de alívio ao ardido infernal.
Mapa do meu nada - Cássia Eller
2 comentários:
Coração Tranquilo
Walter Franco
Tudo é uma questão de manter
A mente quieta
A espinha ereta
E o coração tranquilo
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=UCzLZJ_0OTY
Ei, Assis
querido moço, beijo no coração pela canção
manter a espinha ereta, sem muitos problemas
mas a mente quieta e o coração tranquilo é que são elas
grande abraço ♥
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