sábado, 20 de outubro de 2012

Isabel – A pura



Isa e ou Bel, a pura no nome. Santa por conta e do pau-ôco por ocasiões. Em sua representação lá ia, a pura de pernas de fora, a pura com bustiê e blusas decotadas.

Desde que tomei gosto, as de ponta fina tornaram-se as preferidas. Pelo menos os traços finos, menos grossos ou borrados...
Mas, que bobagem!
Um disparate em crer, que mais amenas ficariam as mazelas saídas por força de uma ponta manchando folhas tão finamente.

Não a vi num bordel nem na rua de baixo em dia de trabalho, não era da casa das ‘meninas’. Se dava ao luxo de escolher. Não porque fosse a mais bonita ou a mais corpo perfeito, ainda assim, um algo pairava chamando a atenção: tesão, compaixão, uma incomodação, uma atração impelia ao cheiro que exalava. A vontade de pegar, de botar as mãos, inalar e encher os pulmões com aquele ‘cheiro de carne’, viajou a bicha.
Não se dava às bolas quando entendia e quando não, passava contemplativa, seguia sem rebolar, naquele andar lento ou apressado, às vezes muito de cabeça baixa que chegava a incomodar o estudante vindo do interior.  
(2011)

O Som!!!!!!
Amy Winehouse 

3 comentários:

Unknown disse...

há seres de uma inocência inabalável, quando a carne só cheira a virtude e desejo,



beijo

Bípede Falante disse...

há seres com uma bússola tão múltipla que não sabem para que lado ir.

beijos

Vais disse...

é o que há de melhor

beijinho, Assis



********

Lelena, fui num monte com seu comentário

beijinhos, moça

A tormenta que se tornou

A vontade é ir preenchendo as tantas linhas vazias com toda manifestação das emoções que se dão, afloram e transpiram, ocupando de rab...