sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

96

Possibilidades
Só o vento... me trará notícias. O rio poderá levar-te. Lembro-me da abertura. Que seja breve o momento e que seja da vontade... pois, estarei à procura...

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Na boca da pantera a moldura se quebra. Negras carregam brancas. Cinco brancas devoradas e um par de verdes.

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Pensando, passando: ilusões, sonhos? Talvez?
Pensando, passando: o tempo? Quem sabe?
Pensando, passando: um filme, minha vida? Por que não?
Pensando, passando: ilusões? Quais?
Pensando: nos sonhos? No tempo? Nas ilusões? Num filme ou na vida?
Passando: o tempo? Um filme? Os sonhos? As ilusões ou a vida?
Pensando, sonhando? Sempre.
Ilusões? Todas e tudo.

3 comentários:

Jorge Pimenta disse...

pudesse eu ser todas as coisas, mesmo que difusas, vagas e ilusórias. em cada mão, uma coroa de estrelas e dois talvez-cometas a iluminarem a via láctea dos meus passos. deixai-me em todos os meus lugares.
lindo! leio-te e releio-te, amiga!
beijo grande!

Unknown disse...

a pantera me lembrou aquele grito de William Blake: Tyger! Tyger! burning bright/In the forests of the night,


beijo

Vais disse...

Êta, Jorge, fiquei a queimar fosfato

querido Jorge, comentar seus poemas/poesias ou responder aos seus comentários, em outras oportunidades coloquei ser um exercício e este é tanto mais um deles e pra ele cito uma coisa sua e sinto você assim lendo-me e relendo-me: " a reacção de quem lê (o poeta maior, na minha opinião)".
vou arriscar:
uma incompletude que nos faz completos naquilo que somos ou nas batalhas do que pretendemos ser ou fazer e que simbolicamente temos na figura das mãos um universo a ser tocado, composto, visto e revisto

sempre um agradecimento e beijo grande pra você também


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Assis, vamos ao grito todo de William Blake:

O Tigre

William Blake

Tigre, tigre que flamejas
Nas florestas da noite.
Que mão que olho imortal
Se atreveu a plasmar tua terrível simetria?
Em que longínquo abismo, em que remotos céus
Ardeu o fogo de teus olhos?
Sobre que asas se atreveu a ascender?
Que mão teve a ousadia de capturá-lo?
Que espada, que astúcia foi capaz de urdir
As fibras do teu coração?
E quando teu coração começou a bater,
Que mão, que espantosos pés
Puderam arrancar-te da profunda caverna,
Para trazer-te aqui?
Que martelo te forjou? Que cadeia?
Que bigorna te bateu ? Que poderosa mordaça
Pôde conter teus pavorosos terrores?
Quando os astros lançaram os seus dardos,
E regaram de lágrimas os céus,
Sorriu Ele ao ver sua criação?
Quem deu vida ao cordeiro também te criou?
Tigre, tigre, que flamejas
Nas florestas da noite.
Que mão, que olho imortal
Se atreveu a plasmar tua terrível simetria?

beijão pra ti, Assis

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**** gosto um tanto de vocês*****

A tormenta que se tornou

A vontade é ir preenchendo as tantas linhas vazias com toda manifestação das emoções que se dão, afloram e transpiram, ocupando de rab...