segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

pois é, né?

Levantou a poeira, e ela tá levantada e alta.
Tô esperando baixar, pois faz os olhos arderem e a garganta secar.


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Tô no cu da cobra
Preciso mexer mais
Tá apertado
Quando sair, volto
Rapadura é doce
Mas, decididamente
Não é mole
(Repeteco, e tô copiando da Líria Porto, com comentários de Jens e Moacy)

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Uns Sons!


Galope
Gonzaguinha

Composição: Gonzaga Jr.

O galope só é bom quando é a beira mar
O galope só é bom quando se pode amar
Esse mote só é bom bem livre de cantar
Falar em morte só é bom quando é pra banda de lá
É sacode a poeira

Imbalança, imbalança, imbalança, imbalança
Casa de ferreiro, espeto de pau

Quem não engole espinha nunca vai se dar mal
Quem não dança minha dança é melhor nem chegar
Se puxou do punhal tem que sangrar
Tem que sangrar tem que sangrar
É sacode a poeira
Imbalança, imbalança, imbalança, imbalança
Me dê um cadinho de cachaça...

Me aqueça, me aperte, me abraça...
Depressa, correndo, vem ligeiro
Me dê teu perfume, dê um cheiro
Encoste em meu peito o coração
Vamos mostrar prá esses cabras como se dança um baião
E quem quiser aprender é melhor prestar atenção
É sacode a poeira Imbalança, imbalança, imbalança, imbalança
Deixa essa criança chorar, deixa essas criança chorar

Não adianta cara feia, nem adianta se zangar
Que ela só vai para quando essa fome passar...
e doutor,uma esmola a um pobre que é são
Ou lhe mata a vergonha, ou vicia o cidadão
É sacode a poeira

Imbalança, imbalança, imbalança, imbalança

E no embalo: Galopando

domingo, 20 de fevereiro de 2011

e tod@s se vão

Fragmentos De Um Discurso Amoroso
Roland Barthes

O ausente

AUSÊNCIA: Todo episódio de linguagem que põe em cena a ausência do objeto amado-quaisquer que sejam a causa e a duração-e tende a transformar essa ausência em prova de abandono.

Hugo – E.B.: carta.
2. Historicamente, o discurso da ausência é sustentado pela Mulher: a Mulher é sedentária, o Homem é caçador, viajante; a Mulher é fiel (ela espera), o homem é conquistador(navega e aborda). É a mulher que dá forma à ausência: ela tece e ela canta; as Tecelãs, as “chansons de toile”**, dizem ao mesmo tempo a imobilidade (pelo ronrom do tear) e a ausência (ao longe, ritmos de viagem, vagas marinhas, cavalgadas). De onde resulta que todo homem que fala a ausência do outro, feminino que se declara: esse homem que espera e sofre, está milagrosamente feminizado. Um homem não é feminizado por ser invertido sexualmente, mas por estar apaixonado. (Mito e utipia: a origem pertenceu, o futuro pertencerá àqueles que tem algo feminino.)

** Canções das tecelãs na Idade Média.(N.daT.)


Rusbrock Banquete - Diderot
4. Desperto muito rápido desse esquecimento. Apressadamente arranjo uma lembrança, uma perturbação. Do corpo vem uma palavra (clássica) que diz a emoção da ausência: suspirar: “suspirar depois da presença corporal”: as duas metades do andrógeno suspiram uma depois da outra, como se cada sopro, incompleto, quisesse se misturar ao outro: imagem do abraço que funde as duas imagens numa só: na ausência amorosa, sou, tristemente, uma imagem deslocada, que seca, amarelece, encarquilha.


Diderot: “Inclina teus lábios sobre mim
E que ao sair da minha boca
Minha alma repasse em ti.”
(canção ao gosto romântico)
Grego: Détienne, 168.


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Um Som!
Achei este vídeo.



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ESCRITO DA ESPERA

... de que nada aconteça. Te escreverei poemas. De que me valem quais!? Se, às vezes, nem os considero como tais!? Vou transformando em palavras. Até quanto houver dos sentimentos. Até quando se forem. Todos, comigo junto. Então, fico à espera... de que nada aconteça.
(2009)

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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Então

Gosto de acender velas. Hoje além de acender vou assoprá-las, depois de pensar o pedido. Nasci no dia 17/02/68, no interior de um ano efervescente. Aqui estamos. Duplamente aquariana. Quase todo ano, fevereiro de carnaval. E em um Estado onde tudo vira coisa, agradeço um tanto de gente por um monte de coisas, materiais e imateriais.


Tô aproveitando esta foto tirada no aniversário de seis anos da Júnia fofa Liz, e não rolou de fazer todas as velas, ia tomar todo o bolo e mais a bandeja.
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Vai rolar um som!

Achei esta versão, com um toque bem regional e numa voz feminina. Adoro a letra desta música.

Saravá, Gonzaguinha!



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Saudações em todas as línguas e gestos!
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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O SOM!

Este vai a@s poetas das escritas e poetas das apreciações.




Motivo
Fagner


Composição: Cecília Meireles / Fagner

Eu canto, porque o instante existe

E a minha vida está completa
Não sou alegre nem sou triste, sou poeta
Não sou alegre nem sou triste, sou poeta

Irmão das coisas fugidias
Não sinto gozo nem tormento
Atravesso noites e dias no vento
Se desmorono ou se edifico
Se permaneço ou me desfaço
Não sei se fico ou passo

Eu sei que eu canto e a canção é tudo
Tem sangue eterno a asa ritmada
E um dia eu sei que estarei mudo, mais nada


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Eu volto lá pelo dia 17.
Inté.
Besitos.

A tormenta que se tornou

A vontade é ir preenchendo as tantas linhas vazias com toda manifestação das emoções que se dão, afloram e transpiram, ocupando de rab...