sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O Recanto

Descobri um jeito de manter o Recanto.
Hoje estou lá.
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quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Um espetáculo!

Através do Pirata (aquelas assim da ponta da orelha), conheci o http://www.naofosseisso.blogspot.com/ , um dos blogues da Clarice, e dando umas voltas por lá, descobri um trem muito, mas muito, olha que é muitíssimo, dos trem bão, um trabalho, aqui em Belo Horizonte, Minas Gerais, que contou com as capacidades da Clarice, e como escreve ela mesma(clique no título que você cai lá),


(quase) tudo que vocês sempre quiseram saber sobre a coleta seletiva em belo horizonte, mas nunca eu conseguia tempo pra finalmente terminar o site, que modéstia às favas está muito lindo, organizado e bem escrito:

http://www.pbh.gov.br/bhrecicla/

Um sucesso! Bravo! Palmas! Flores para ela!
Isto é assunto para o resto da vida: quem ama, cuida.
Vamo arregaçá as mangas e amar mais.
Tamos nessa!!!!!


Solta o som!!!

PUNK DA PERIFERIA
Gilberto Gil -1983

Transo lixo, curto porcaria
Tenho dó
Da esperança vã da minha tia
Da vovó
Esgotados os poderes da ciência
Esgotada toda a nossa paciência
Eis que esta cidade é um esgoto só

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sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Caros Amigos

É só uma pergunta e uma resposta que escolhi para dar um gostinho para quem, se for do interesse, e que ainda não leu, a entrevista com o Silvio Tendler, apenas no virtual da página da Caros Amigos.



Marcos Zibordi: Como driblar a grande imprensa, por exemplo?
Sílvio Tendler: Guerrilha cultural, na verdade é o que estou fazendo com o Milton Santos, vocês fazem com Caros Amigos, vocês não têm nem de longe a tiragem de uma grande revista brasileira, mas não vai deixar de escrever por causa disso. Não vão deixar de publicar o que pensam pra ter mais público, vão ter o seu tamanho e conseguir chegar às pessoas nas quais querem chegar, está chegando todo mês lá em casa. E não me interessa se meu filme vai fazer 2.000, 5.000 ou 200.000 espectadores, eu quero despertar as pessoas que o assistam, não quero adormecer, não quero anestesiar as pessoas. Agora, você tem formas para chegar no grande público, eu sei fazer, já fiz. Já trabalhei em televisão, já fiz novela, já fiz institucionais, não trilho o caminho que trilho por incompetência, mas por convicção. Estou muito mais feliz com as coisas que faço do que estaria se estivesse com o bolso cheio de dinheiro e infeliz porque estou mentindo. Na verdade, a gente tem que aprender também a negociar com a grande imprensa, tem que saber o tamanho da gente e lutar para ocupar os espaços. O grande problema é que está tudo sitiado e também, como o próprio Milton Santos diz no filme, a gente tem muito mais ruído do que informação. E ruído é essa coisa desconexa, na verdade você não tem uma opinião pública contra o MST, você tem pequenas informações e essas pequenas informações confundem, não permitem juntar lé com cré. A gente fica falando, por exemplo, de democracia, quebra de barreiras, mostra no filme qual é a democracia que os Estados Unidos querem, fechando as fronteiras para os mexicanos e para os latinos, é isso que é globalização? As mercadorias e os capitais podem circular e as pessoas não? A Europa fazendo muros para impedir a entrada de africanos? Isso que é livre circulação? Os africanos que eles precisam para limpar as latrinas européias estão lá dentro. Os outros que estão com fome morrem. Isso é que liberdade? Então vamos discutir isso, e um filme como esse é fundamental para dar nexo à história.
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sexta-feira, 16 de novembro de 2007

A louca que só ria

Como ela dava gargalhadas!
Risos da loucura do açoite...
Gargalhadas que aterrorizavam
Como só risos encantadores
Ao som das harpas
quebravam taças
de puro cristal.
Nas vitrines
das cristaleiras.
Nas prateleiras
dos guarda-louças.
Finíssimos delicados
Com um piparote
trincavam...
Ao som do agudo
Que tinha em si
A vibração
das sonoras
dos ensandecidos.
E, quando, por bom motivo
Molhava as calçolas
e rasgava os cantos dos lábios.
AH! AHAH! AHAHA! HAHAHAHAHAHAHAHAH!!

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O som da voz...


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AUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!
É o uivo da loba em noite de lua
Minguante que se vai
Pra Nova
Que cresce
Crescente
até a Cheia
AU AUUUUU AUUUUUUUUUU!!

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quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Anos depois

31 de março de 1964: golpe militar.
14 dias após o golpe, o Projeto de alfabetização de adultos é extinto, Paulo Freire é preso por duas vezes em Recife para prestar depoimentos, chega a ficar 75 dias detido, é obrigado a ir ao Rio de Janeiro para o interrogatório. É Paulo Freire quem nos conta:

Eu me lembro por exemplo, quando eu fui preso pela primeira vez, e que tive que atravessar uma rua. Eu estava parado em frente ao quartel, onde eu tinha que ser metido e tava havendo tráfego pra cá e pra lá. E então, eu fiquei parado com o sargento, havia um sargento e um soldado, cada um com uma metralhadora em cima de mim. Inclusive, eu ficava espantadíssimo! Eu dizia, esse pessoal deve saber coisas de mim que eu não sei, quer dizer, esse pessoal deve ter informações de que eu vivo, que sou um líder extraordinário, que eu devia ter feito a revolução anteontem, nesse país. Então são loucos! Loucos varridos! Como é que um cara como eu, Professor humilde e simples, precisava de um aparato daqueles em cima de mim? Era fuzil muito pra um cara só! Então, que eu me lembro, que parado assim, cercado de balas por todos os lados... Eu era a ilha das balas! Você já imaginou? Que coisa ridícula! Profuuunnndameeeennnte ridícula! Depois, lá dentro da cadeia, eu refletia, não? Eu disse, puxa! O meu espanto da prisão, era um espanto de classe social. Eu encontrei camponeses presos que não tinham espanto nenhum, nenhum. Porque prisão pra ele é óbvio, faz parte da vida de espoliado que ele é. Então, eu aprendi muito, e não cabe aqui fazer descrição dos meus aprendizados, mas eu aprendi muito. E eu até diria a vocês, que foi este aprendizado da cadeia, que em muito aspecto, me preparou para a vida a fora do Brasil.
É minha homenagem aos Professores, Professoras formais e informais que cuidam de Educar.



O SOM

>Paulo Freire: O andarilho da Utopia< é um CD de 74 minutos, dividido em cinco blocos em forma de programas de rádio, (produzido em parceria com a Universidade de São Paulo e a Rádio Nederland - Holanda). Da segunda metade da década de 40 à morte de Paulo Freire em 1997, este CD retrata não apenas a vida do educador brasileiro: trata-se de um documento radiofônico que retrata o Brasil dos últimos 50 anos.
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segunda-feira, 12 de novembro de 2007

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Mais duas

Uma Data

Seis de Janeiro:
Dia de reis e plebeus
A estrela levou incenso,

mirra
e ouro.
A caverna deu excrementos,

palhas,
mugidos

e grunhidos.

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Cristo

Disseram-no Rei
Das vestes simples,

pensamentos nobres
Nasceu assim e assim viveu
Amante simples da pesca...

Das putas,
dos malditos,

dos excluídos:
- Escória daqueles mundos!
Fez, falou,

pregou e foi pregado.
Sangrou

e viveu e morreu e viveu.
Um Rei sem posses
- Deus! O maior dos anarquistas, graças ao Aníbal.


****************** o som!!!!
Minha Tribo Sou Eu
Zeca Baleiro
Composição: Zeca Baleiro

eu não sou cristão
eu não sou ateu
não sou japa
não sou chicano
não sou europeu
eu não sou negão
eu não sou judeu

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sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Dama Oval

Quero me unir a você
de todas as formas
Desprender-me-ei de tudo
enquanto houver...
Seria da minha parte incoerente
eu querer a eternidade desse momento...?
A dança frenética das cores
O descanso emite luz
Quero ser para você
um elo perdido
há muitas estrelas...
Eu sou a bailarina dos seus sonhos
Dou rodopios sobre você
Minhas aberturas são inigualáveis
Não resista!
Sei que não sou o melhor meio
mas sei de um meio de levar você...

(PP-Fev/07)
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quarta-feira, 7 de novembro de 2007

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sssssss Enfim... A Cobra ssssssss
Setor da
sensação
Numa seção
despertou
Não era
cinema
Estava
sentado
cético
Situado no Hemisfério Sul
Saiu
Sofreu
Subestimou
Salsa, cenoura, safira
E num surto a surucucu come o próprio rabo.



A serpente (outra lenda)
Zeca Baleiro
Composição: Zeca Baleiro, Ramiro Musotto
e Celso Borges
alhadef te espera na casa de nagô
eu quero ver
eu quero ver a serpente acordar
eu quero ver
eu quero ver a serpente acordar
pra nunca mais a cidade dormir
pra nunca mais a cidade dormir

;o) ************ :-)

A tormenta que se tornou

A vontade é ir preenchendo as tantas linhas vazias com toda manifestação das emoções que se dão, afloram e transpiram, ocupando de rab...