E
todo estranhamento me chega, exala pelos poros, diante do espelho, diante dos
olhos, pelas entranhas.
De
que nos vale toda a destruição diária (em todas as dimensões da vida)
De
que nos vale toda a miséria, toda a pobreza e toda a pobreza recheada e coberta
de bens
De
que nos vale todo o massacre cotidiano
Quem
são os puros
Quem
são os santos
Quem
são os perfeitos
Qual
a nossa ‘deixa’ neste imenso palco
Muitos
e muitas já se consideram salv@s, salv@s de que
Da
imperfeição, da lama, do esgoto, da decadência
Muitos
e muitas se colocam pairando acima dos mundanos pecadores e pecadoras
E
mesmo diante de todo este estranhamento já sei onde encontrar o que faz meu
espírito, minha alma, minha essência, meu coração, minha mente, ou coisa que o
valha, ser mais livre.
Muitos
seres vivos, e todas as circunstâncias que envolvem o ato de alimentar,
alimentam para se manterem vivos, colocam a comida pra dentro, seja ela qual
for e o estado em que ela, a comida, se encontra.
Assim
é conosco, nós, seres humanos, seres da única raça humana.
A
comida entra.
O
organismo faz o trabalho de absorção do que entra.
Então
o ‘bagaço’ vai para os intestinos, vira o cocô, a bosta, as fezes, a merda fica
guardada em nós, armazenada até que resolvemos defecar, cagar ou ir fazer um
cocô, ou como dizia minha vó, obrar.
É
isto que tod@s nós seres humanos, sem exceção, sem distinção, independente do
caráter, do gosto, do gênero e por aí vai, fazemos, comemos e cagamos,
defecamos, fazemos cocô ou obramos.
Mas,
é aí que vem a grande e crucial diferença:
A
partir de determinado momento passei a querer, desejar muito e defender umas bostas e são estas que me servem um
excelente adubo, um maravilhoso fertilizante, o alimento para crescimento e
florescimento dos meus sonhos, dos meus maiores delírios e quereres. Enquanto que
as outras merdas matam tudo pela raiz, estas eu rejeito, são nocivas, venenosas.
Aqui
presente: socialistas, comunistas, anarquistas, libertários, lutadoras e
lutadores do povo que empunham as bandeiras com alegria, honra, força e garra
contra a opressão, contra a dominação, contra todas as desgraças geradas pelo
capetalismodusquintodusinfernos, contra os dogmas que tanto embotam o
discernimento e que tanto destroem o que há de mais belo.
(FEV/2013)
O
Som!!!!!!!!!!!
Saiba
– Adriana Calcanhotto
2 comentários:
reguemos o que merece florescer,
beijo
pois sim, Assis
e com o que há de melhor ou o que isto queira dizer
beijo grande
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