terça-feira, 6 de novembro de 2012

Despeço-me



Não sei por quanto nem até quando. 
Final de ano passou a ser assim: a chuva antiga pelas janelas dos ônibus, os olhos colados no vidro embaçado, luzes psicodélicas entre os pingos.
A vela acesa no canto, lá no cantinho do chão não bota fogo nos panos.
A roupa rasgada e os fiapos que pouco tampam.
A viola e a guitarra.
O miado do gato.
O uivo.
Nas ruas os olhos das crianças perdidas entre rugas, lembranças e fios sem cor do que poderia ou deveria.
Como poderia...
Que tanto que deveria...
Aquelas árvores não existem mais, na raiz aterrada, óleo e fogo no broto que vingaria.
Aquelas tão antigas casas foram derrubadas e no lugar, templos modernos onde compram e vendem almas. E lá se vão em caçambas, os escombros talhados olhos bocas e partes.
A chuva desce, a poeira sobe, a enxurrada leva. Os restos a se misturarem nas bocas-de-lobo.
Faço, ou não faço idéia. Apenas sinto, animal que sou. Sinto no som, no toque.
Tudo que pode, tudo que deve ou deveria.

Muchas, muchas grácias por todo.

Beijos nos ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
                  ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ 
                   ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ 
e muitas delícias.
Saudações em todas as línguas e gestos!





O Som!!!!!!!!!!!!

The Moody Blues - Candle of Life




4 comentários:

Bípede Falante disse...

Say bye bye, but don't go!!! :)
beijoss

o refúgio disse...

Não vou dizer muita coisa pois já disse por emeio.
Tá lindo esse último post!
Tudi bom, querida!
Beijo carinhoso e, desde já, saudoso...

Unknown disse...

não entendo de despedidas,


beijo no coração

o refúgio disse...

Tou observando que você vai ficando, vai ficando, Vais ficando...rs..
Fica mesmo, vai embora não!
Beijão!

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