sexta-feira, 21 de outubro de 2011

sem título

Foi escrito ontem de tarde.
Tento começar por um ponto.
Talvez por todas as noites, antes de me entregar aos sonhos, e pensar perguntando, o que será esta noite? Quem virá, aonde irei, o que verei?
Ou então, começo com um, pra eu me ler, e ir escrevendo que quando sento e me ponho em frente à tela e coloco meus dedos nas teclas, é tudo silêncio dos acordes, os sons são outros, da máquina funcionando, da rua, dos carros, dos pássaros, do vento, do cachorro, dos vizinhos, dos tlec, tlec, tlec. E penso, isso daqui não é um divã nem a agenda que fica guardada na bolsa. Porque, por mais que em momentos o íntimo externe, sempre tem mais lá nas entranhas, os podres, por exemplo, as mazelas e outros fundos.
Então continuo, buscando um início.
Talvez informar mais de onde vem os sons que aqui vão, como os ouvi, quando, em que situações, o que fazem comigo e o que sinto quando os ouço, não sei. Não sei se farei isto, não sei.
E tem hora que não sei mesmo. Mesmo combatendo com as meninas, quando elas nas dificuldades dizem, eu não sei, eu não consigo, digo que o não sei foi embora, sumiu, e que no lugar veio o vou tentar, vou experimentar, vou treinar, vou conseguir.
Mas termino assim, sem saber por onde começar. 
Às vezes queria só o meio.
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No final da tarde chegando em casa com as meninas fofas Liz, fui ver as mochilas, agendas, recados, tarefas e fui perguntando se tinham trocado os livros na Biblioteca da Escola, e elas respondendo que sim enquanto já ia vendo. Comentarei sobre o da Elena.






Como começa?
Silvana Tavano
Ilustrações de Elma








Bem, gostei até do livro, das ilustrações, achei lindo, fofo e cheio de imaginação.
Na contracapa informações sobre a escritora e ilustradora e a informação do endereço do blogue da Silvana: 

e ela escreve:


"DIÁRIOS DA BICICLETA

Nos dias em que sou atleta
Pedalo sem esquecer da meta
Nos dias em que sou poeta
É o vento que conduz minha bicicleta"

E achei este vídeo sobre o livro.



E o livro:



Como começa?

Silvana Tavano
Ilustrações de Elma
Cada coisa tem um jeito de começar.
Todo mundo sabe: as frases começam com palavras, e as palavras, com letras.
Muitas histórias começam com “Era uma vez”.
Na Escola, tem o primeiro dia de aula e o primeiro dia de férias.
Todo começo de mês é dia 1º  e os anos sempre começam em janeiro.
Será que o mundo começou num dia 1º de janeiro?
Cócegas, piada, palhaço de circo e amigo engraçado: tudo isso faz a risada começar!
O primeiro bocejo avisa que o sono está chegando.
Mas também pode ser só o começo de um monte de bocejos!
Certas coisas nem sempre começam sendo o que são: o pintinho começa sendo ovo, o sapo, sendo girino, e a borboleta, sendo uma lagarta.
E tem os começos que não aparecem: a árvore começa embaixo da terra e as nuvens encobrem o começo do céu.
Mas e o mar? Começa ou acaba na areia?
O vento também é um mistério: às vezes, começa antes da chuva, e de vez em quando começa por nada. É só vontade de ventar.
O que parece complicado quase sempre começa simples: o quadro vai surgindo depois do primeiro traço.
A sinfonia, depois do primeiro acorde; a invenção, depois do sonho.
Tem muitas coisas que só começam só por causa de uma vontade: um segredo começa quando a gente não conta nada.
Uma amizade, quando a gente quer contar tudo.
Para saber onde as coisas vão dar, só tem um jeito: COMEÇAR!

3 comentários:

o refúgio disse...

Vais, querida,
Acho tão bonito quando você fala da sua relação com as meninas. Deve ser tão difícil educar mas ao mesmo tempo tem o seu lado lúdico, né? De conhecer os livrinhos de história delas, as brincadeiras... Lindo o vídeo sobre o livro!

Beijos, moça

Unknown disse...

uma completude, sempre eu vejo neste ares que delineias,


beijo

Vais disse...

Sandrinha, sempre querida, e dá trabalho,hehehe, e eu me envolvo, gosto de me envolver e leio tudo que chega, um barato este livro, o vídeo, muito bacana.
grata e beijinhos


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ai, ai, ai, heim Assis?
putz, que fiquei foi sem jeito.
então, tudo bem, e vamos assim nos caminhos insistindo, persistindo, tentando, às vezes chorando, às vezes sorrindo
beijo carinhoso, querido Assis

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