quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ao porvir

Trouxe esta animação feita com software livre lá do Refúgio da Sandrinha Camurça.


Maio, Nosso Maio from farid|nara|gunga on Vimeo.

Vale a pena conhecer o blog dos criadores desse vídeo: Estúdio Gunga


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Paulo Freire
CONSCIENTIZAÇÃO
Teoria e prática da Libertação
Uma Introdução ao Pensamento de Paulo Freire

Trechos nas páginas 57,58 e 59.


Terceira Parte
PRÁXIS DA LIBERTAÇÃO
TRÊS PALAVRAS-CHAVE

A Opressão

Quem, melhor que os oprimidos, está preparado para compreender o terrível significado de uma sociedade opressora? Quem sofre os efeitos da opressão com mais intensidade que os oprimidos? Quem com mais clareza que eles pode captar a necessidade da libertação? Os oprimidos não obterão a liberdade por acaso, senão procurando-a em sua práxis e reconhecendo nela que é necessário lutar para consegui-la. E esta luta, por causa da finalidade que lhe dão os oprimidos, representará realmente um ato de amor, oposto à falta de amor que se encontra no coração da violência dos opressores, falta de amor ainda nos casos em que se reveste de falsa generosidade.

            Mas quase sempre, durante a fase inicial do combate, em lugar de lutar pela liberdade, os oprimidos tendem a converter-se eles mesmos em opressores ou em “subopressores”. A própria estrutura de seu pensamento viu-se condicionada pelas contradições da situação existencial concreta que os manipulou. Seu ideal é serem homens, mas, para eles, serem homens é serem opressores. Este é seu modelo de humanidade.
(...)
            Nesta situação, os oprimidos não vêem ao “homem novo” como aquele que deve nascer da contradição, uma vez resolvida, quando a opressão dê lugar à libertação. Para eles, o homem novo são eles mesmos, convertidos em opressores. Sua visão é individualista, por causa de sua identificação com o opressor: não tem consciência de si mesmos enquanto pessoas, enquanto membros de uma classe oprimida.
(...)
            Somente os oprimidos podem libertar os seus opressores, libertando-se a si mesmos. Eles, enquanto classe opressora, não podem nem libertar-se, nem libertar os outros. É pois essencial que os oprimidos levem a termo um combate que resolva a contradição em que estão presos, e a contradição não será resolvida senão pela aparição de um “homem novo”: nem o opressor, nem o oprimido, mas um homem em fase de libertação. Se a finalidade dos oprimidos é chegar a ser plenamente humanos, não a alcançarão contentando-se com inverter os termos da contradição, mudando somente os pólos.
(...)



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Trecho final de José Arbex Jr. ao escrever a orelha do livro Muralhas da Linguagem de Vito Giannotti.

O leitor não encontrará respostas e fórmulas prontas, mas será convidado a ocupar o lugar de protagonista de seu próprio discurso, um “formulador de significados” no sentido mais radical do temo. Só que também será levado a perceber que a condição de “protagonista” não se constrói no mundo individualista e isolado concebido pela burguesia, mas na atividade prática, em sociedade com a multidão de outros indivíduos, que serão os seus interlocutores com potencialidades equivalentes. Em síntese: para Giannotti, a construção de uma linguagem da liberdade será um ato coletivo, ou simplesmente não será.


3 comentários:

o refúgio disse...

Valeu, querida!
Grande Paulo Freire!
Beijos

Unknown disse...

a linguagem será sempre sinonimo de libertação, de florir a diferença


beijo

Vais disse...

Valeu também, Sandrinha!
E Saravá ao Eterno Mestre!
beijinhos prati


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é o trabalho tendo como lema
"Diferença sim, desigualdade não!"

beijo

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