A agenda havia ficado no quarto
Não dava pra ir lá buscar
E continuar o quê escrevia
A sequência fora interrompida
Então...
Às costas de uma adedanha
Onde quase no centro
Um risco de pincel azul escuro
Num outro momento
Pensava na poesia
Como poderia?
Caberia?
Traduzir em belos versos
Uma angústia não de todo desesperante?
Pensei que não, não caberia.
Teria na construção
Uma composição
Com rimas sem rimas
Versos de lábios
Canto a canto das orelhas
Aí, sim.
Não dava pra ir lá buscar
E continuar o quê escrevia
A sequência fora interrompida
Então...
Às costas de uma adedanha
Onde quase no centro
Um risco de pincel azul escuro
Num outro momento
Pensava na poesia
Como poderia?
Caberia?
Traduzir em belos versos
Uma angústia não de todo desesperante?
Pensei que não, não caberia.
Teria na construção
Uma composição
Com rimas sem rimas
Versos de lábios
Canto a canto das orelhas
Aí, sim.
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Querendo ler a segunda parte do texto Para quando a África? do Professor Halem do sinistrasbibliotecas, é só clicar Para quando a África? (2)
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Outra leitura que vale:
Em carta aberta, Theotonio dos Santos acerta as contas com FHC
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=140120&id_secao=1
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4 comentários:
Oi Feiticeira Vais.
"Como poderia?
Caberia?
Traduzir em belos versos
Uma angústia não de todo desesperante?
Pensei que não, não caberia".
***
Confesso que o que me angústia é "como" tornar belo aquilo que machuca no fundo da alma
(Tá, tristeza rima com beleza eu sei. Mas não sou poeta...
Beijo.
Olá Simpático Jens,
sei que, mesmo você achando que não é poeta, você consegue e bem transformar a angustia em algo mui belo, sabe por que? você tem uma sensibilidade altamente poética.
beijos, querido
querida vais,
as nossas notas mais importantes despedem o bloco e a esferográfica; como bem o dizes, vivem na saliva que cobre os lábios e na órbita das orelhas.
um beijinho!
Sabe, Jorge,
a poesia me chega como algo de tão sublime e belo, que pra mim, em alguns momentos, seria uma agressão transformar 'essa angústia' em coisa tão bela, então querido Jorge, me volto ao outro, à expressão do outro, principalmente na música, que é onde consigo colocar um quase tudo pra fora, por exemplo quando ouço Janis Joplin ou Mercedes Sosa ou Chico Science ou Raul Seixas ou outros e outras.
hoje mesmo ouvi Medo da Chuva do Raul
"Vendo as pedras que
Choram sozinhas no mesmo lugar
Vendo as pedras que
Sonham sozinhas no mesmo lugar"
Alivia
beijo prati
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