.
ariadne
líria porto
teu verso é potro indomado
a galopar pela pradaria
vez por outra para
bebe água
alimenta-se
depois segue o vento
alcança o horizonte
meu verso é grilo
saltita do chão à parede
aos vasos de folhagem
não ultrapassa o compasso
o círculo o circo
a teia de aranha
teu verso é cabo de aço
o meu
fio de linha
*
pá lavra e enxada
líria porto
mato e morro
morro e mato
e não é suicídio
nem assassinato
é mato verde
é morro alto
é viver a vida
longe do asfalto
*
Nenhum comentário:
Postar um comentário