Se
Aninha falasse comigo... Mas não há que renda assunto entre meio aquela tira
bordada de pontos pontos pontos no tecido preso pelos aros de madeira.
Minha
face furada furada furada preenchida por pontos pontos pontos aqui e ali
cruz cruz cruz fura reta – semi – volta cruza viés na beirada para acabamento
arremate nó nó nó nós um cruzado uma ponte a ponta erra e finca a carne uma
gota para compor o batom da boca a língua molhada junta os fiapos da linha
vermelha que enfiada no orifício da agulha fura fura fura vai volta vai voltar
contornando e enchendo o molde a figura no tecido minha cara.
As mãos
de tinta nas paredes pequenas marcas dedos asas um pássaro formado corpo de
dedões avançam pelo teto de Pê Vê Cê sombras plastificadas vivas no branco cinza
saem fênix e eu tonta de tanto pensado em todos os motivos que me levam e mais
me vem quando em pé de luvas nas mãos nas beiradas do tanque da pia não as
descalço para pegar na pena se fosse há muito muitos anos passados e molhar a
ponta na tinta e... vem também uma variedade quando o corpo horizontal de costas
tocando a superfície mira todo de frente o teto quase sempre um tudo hoje ontem
trestrestresantonte o amanhã a manhã e depois e depois quando cruzo com as
velhinhas pelas ruas – ficarei assim? – poderia ser assado – o peru morreu já
faz muito tempo anos mesmo por causa da prova naquela gincana lá na pequena
cidade onde pediram um peru branco e tão inocentes asfixiaram o peru cinza com
tinta a óleo branca. Ganharam os pontos o peru morreu e não era natal. Trem
mais doido lembrar disto e não era pra menos pois escrito pela criança com
tinta vermelha escrita de criança na parede externa a do terreiro a morte do
peru e coberto pela mesma menina com tinta preta pelo incômodo de todos os dias
bater os olhos na lembrança e por cima do preto o pintor que nada sabia passou
o rolinho molhado de verde – tá vendo duas demão tampa tudo!