“Moro onde não mora ninguém
Onde não passa ninguém
Onde não vive ninguém
É lá onde moro
E eu me sinto bem
Moro onde moro” ....
Onde não passa ninguém
Onde não vive ninguém
É lá onde moro
E eu me sinto bem
Moro onde moro” ....
(Moro onde não mora ninguém – Agepê)
Experimentei, só que não deu pra continuar, a falta
de pose foi maior.
Do que se trata: título.
Mas, “Quem sabe, sabe
Conhece bem
Como é gostoso
Gostar de alguém”...
Conhece bem
Como é gostoso
Gostar de alguém”...
(marchinha de carnaval)
Trago as contradições pra cá
“Eu voltei!
Agora prá ficar
Porque aqui!
Aqui é meu lugar
Eu voltei pr'as coisas
Que eu deixei
Eu voltei!”...
Agora prá ficar
Porque aqui!
Aqui é meu lugar
Eu voltei pr'as coisas
Que eu deixei
Eu voltei!”...
(o portão – Roberto e Erasmo)
Para este recanto exposto.
Te
sentia naquela canção. Ao vento, ao relento. Lento e leve, como um gato,como um
pássaro.
Dois prá
frente, dois pro lado, um volteio.
A saia
rodada se enchia de ar. Um sopro, um balão, rodopios.
Te
sentia as mãos na curva da cintura, pernas entre pernas. Em seu pescoço, minhas
narinas ofegantes.
Te
sentia e era o fim. No meio da pista paramos, e nossos rastros passos nos
levaram.
(nov/12)
“Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer”...
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer”...
(certas coisas – Lulu Santos e Nelson
Motta)
Leandro Konder – O futuro da
filosofia da práxis – O pensamento de Marx no século XXI
Págs 139-140
“O diálogo não
elimina as contradições (ao contrário, as pressupõe), mas lhes dá um tratamento
especial, cuidadoso, reflexivo, porque nele o exercício da crítica se completa
com a autocrítica. O outro introduz
no movimento do meu espírito uma referência capaz de conter o ímpeto
voluntarista, o exagero veleitário que nasce do subjetivismo típico do
isolamento. A “liberdade” com que eu me afirmo na ação só consegue se tornar
mais concreta na medida em que se completa com o reconhecimento da dimensão da
“necessidade”, representada pelo outro. O outro me põe em contato com uma
realidade que o isolamento pode me impedir de enxergar.
O
movimento pelo qual o sujeito se realiza só se torna efetivamente objetivo
quando se torna intersubjetivo, isto, é, quando vai de um sujeito a outro, em
busca da volta. Nesse movimento, acaba-se por alcançar um nível em que a
divergência persiste, porém deve se combinar com uma convergência, que se cria
em torno do esforço por uma melhor compreensão mútua.
Recorro
a uma ilustração: estou convencido das minhas razões, mas admito que elas não
são perfeitas. Reconheço, mesmo, que as razões do outro podem me proporcionar
uma ocasião significativa para ampliar meus horizontes, arejar meu pensamento,
fundamentar com maior solidez meu ponto de vista. Reconheço no meu interlocutor
alguém que, mesmo defendendo idéias que recuso,desempenha uma função essencial
na minha auto-renovação, no enriquecimento do meu conhecimento, na superação
das crispações dogmáticas que podem estar sempre ocorrendo comigo sem que eu me
dê conta delas.
Quando
as necessidades do conhecimento prevalecem – em função da própria dinâmica da práxis da cidadania –, torna-se
imperioso respeitar o outro, empenhar-se em entender o que ele tem de mais
forte na sua posição, em vez de golpear o que ele tenha eventualmente de mais
fraco.”
O SOM!!!!