Já ouvimos por ai alguma coisa sobre o uso de antigos deuses pagãos para a construção do cristianismo, a minha intenção aqui não é destruir crenças mas apenas provocar uma reflexão sobre o assunto.
Para depois os lábios sorrirem [e se torna
tão óbvio a colocação da bonança para amenizar!], e o olhar em carinhos com os
braços em abraços.
As costas ardem, não em toda a sua extensão,
queimam em pontos específicos. É bem ali nas curvas internas das omoplatas, oras a da
esquerda oras a da direita. A origem não está em uma má postura ou em uma má posição quando nos braços
de Morfeu. E latejam aos movimentos da vassoura, dos panos do tanque ao rodo. Os braços se voltam ao dorso, levam as mãos ao local, as pontas dos dedos em movimentos
circulares. Vou ao chão de bruços, a cabeça numa almofada:
_ Meninas, venham, pisem nas minhas costas,
por favor!
_ Eu primeiro!
_ Não, eu primeiro!
_ Uma de cada vez...
Creque! Creque! Estalam.
_ Você escutou? Tá estralando!
_ Sim, são os ossos chegando ao lugar.
_ Tá doendo?
Com os pulmões comprimidos:
_ Não, continue pisando.
Passos pequenos num caminhar apertado sobre
a superfície feita de pele, ossos e carne e órgãos.
_ Tá bom?
_ Só mais um pouquinho aqui pro lado, fique
parada e mexa os pés no mesmo lugar.